Dados preliminares de um estudo realizado pelo Instituto Butantan apontam que a vacina CoronaVac é eficaz contra a variante brasileira do novo coronavírus, identificada pela primeira vez na cidade de Manaus (Amazonas), conforme relatou a Reuters.
Uma fonte ouvida pela agência de notícias afirmou que o estudo clínico envolveu a coleta de amostras de sangue de pessoas vacinadas com o imunizante utilizado pelo Ministério da Saúde, produzido pelo laboratório chinês Sinovac, cuja instituição parceira no Brasil é o Butantan.
Na sequência, essas amostras foram testadas contra a variante de Manaus, também conhecida como P.1, e os resultados indicaram que os anticorpos produzidos pela CoronaVac se mostraram eficazes contra a cepa, de acordo com a publicação. O estudo ainda passará por ampliação para obter dados definitivos, quando então deverá ser publicado.
Mais de 16 milhões de doses da CoronaVac já foram distribuídas no Brasil.Fonte: Freepik
A variante brasileira tem sido apontada, em pesquisas recentes, como uma cepa mais transmissível e com capacidade de reinfectar quem já teve covid-19. Ela seria a culpada pela explosão de casos da doença nas últimas semanas em todo o país, levando à retomada de medidas restritivas para conter a transmissão do Sars-CoV-2.
Vacina de Oxford também protege contra a cepa P.1
A vacina produzida pelo consórcio Oxford/AstraZeneca também é eficaz contra a variante de Manaus, de acordo com o diretor da Bio-Manguinhos Maurício Zuma, responsável pela unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que produz o imunizante no Brasil.
Conforme Zuma, a eficácia contra a variante P.1 foi identificada em estudos feitos pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, cujos resultados serão divulgados até o fim desta semana.
O imunizante está incluído no Plano Nacional de Imunização do governo federal, tendo 4 milhões de doses distribuídas até o momento, todas elas importadas da Índia. As primeiras ampolas envasadas pela Fiocruz devem ser entregues ao Ministério da Saúde ainda em março.
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