Na última semana, a Nature Communications publicou um estudo coescrito por Elon Musk relatando avanços científicos relacionados à covid-19. Segundo o documento, pacientes que contraíram a doença e apresentaram sintomas leves ou moderados desenvolveram menos anticorpos e, portanto, possuem menor imunidade contra o coronavírus.
Similarmente, o estudo encontrou evidências que sugerem um número "mínimo de anticorpos" necessários para a imunização total de um indivíduo. Por outro lado, os dados relacionados à proteção contra reinfecções ainda não são precisos o suficiente e, assim, permanecem não confirmados.
Nesse contexto, o grupo de pesquisadores também afirmou que a vacina produz uma resposta imune mais eficaz do que a presente nos casos de pacientes que desenvolveram poucos ou nenhum sintoma.
O estudo pode aprimorar a distribuição das vacinas para os grupos mais necessitados. (Fonte: Pexels)Fonte: Pexels
O estudo contou com a participação voluntária de quase 4.300 funcionários da SpaceX, sujeitos a exames de sangue realizados a cada 40 dias. Apesar de terem obtido resultados significativos, os autores ressaltam que cerca de 92% dos participantes eram do gênero masculino, com idade média de 31 anos — o que pode influenciar negativamente parte dos dados.
Listado como um dos coautores da pesquisa, Elon Musk se envolveu em diversas polêmicas relacionadas à pandemia e desinformação em março do último ano — curiosamente um mês antes dos voluntários da SpaceX serem convidados para participar do estudo, em abril. No mesmo período, o também CEO da Tesla chegou a afirmar em seu Twitter que os Estados Unidos registrariam “provavelmente quase zero novos casos” pelo fim do mês e, desde então, o país registrou 500 mil mortes em razão da Covid-19.
O estudo foi realizado com a colaboração coletiva de quase 30 profissionais de diferentes áreas, incluindo pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Harvard, dos Centros Médicos Beth Israel Deaconess e Howard Hughes, SpaceX, entre outros. O financiamento do projeto foi realizado por entidades governamentais norte-americanas, Fundação Gates, NASA e o próprio Musk.
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