Nas últimas semanas, surtos locais de covid-19 têm levado autoridades chinesas a testar dezenas de milhares de pessoas pelo método PCR, e, de acordo com a emissora estatal Televisão Central da China (CCTV), alguns dos procedimentos são retais. A abordagem não será generalizada, afirma o canal, pois não é prática o suficiente, mas moradores de vários bairros de Pequim foram submetidos à ação.
Pesquisadores da Universidade Chinesa de Hong Kong descobriram que o novo coronavírus permanece mais tempo no ânus que no trato respiratório, sendo identificado até uma semana depois de testes tradicionais apresentarem resultados negativos, o que eleva a taxa de detecção de pessoas infectadas.
"Considerando que coletar swab anais não é tão conveniente quanto os de garganta, no momento apenas grupos-chave, como aqueles em quarentena, recebem ambos", explica o Li Tongzeng, médico do hospital You'na, localizado na capital do país asiático.
"Não é muito doloroso, mas é super humilhante", teria afirmado um usuário da rede social Weibo.
Método seria mais eficaz que os tradicionais, mas não é prático, afirma médico.Fonte: Unsplash
Luta implacável
Segundo a Bloomberg, mais de mil crianças e professores de Pequim foram testadas pelas duas técnicas, a padrão e a retal, além de passageiros de um voo de Changchun, que tiveram de desembarcar depois de autoridades identificarem uma pessoa a bordo que teria passado por uma área considerada de alto risco de transmissão .
Até esta quinta-feira (28), a China acumula um total de mais de 89 mil casos e 4,6 mil mortes relacionadas à covid-19, e o sucesso da contenção da pandemia na região é atribuído a uma campanha implacável de eliminação do microrganismo, envolvendo recursos e poderes considerados inviáveis em outros locais do planeta.
Além de testar cidades inteiras semanalmente, o país analisa milhões de unidades de comida congelada importada e contêineres em busca do Sars-CoV-2.
Mais de 22 milhões de pessoas já foram vacinadas por lá, e a expectativa de autoridades é de que o número chegue a 50 milhões antes do Ano Novo Lunar, em fevereiro. Em 18 de janeiro, 3 milhões de habitantes do nordeste do país foram colocados em isolamento.
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