A NASA revelou mais detalhes sobre sua próxima missão espacial de exploração de asteroides do campo troiano de Júpiter, denominada Lucy. A nave foi construída em parceria com a empresa de produtos aeroespaciais Lockheed Martin Space e tem como objetivo estudar a composição de supostos resquícios do passado do Sistema Solar.
A agência espacial divulgou a finalização de um equipamento chamado de Espectrômetro de Emissão Termal da Lucy (L’TES), desenvolvido pela Universidade de Arizona, nos EUA. Seu papel será medir a energia infravermelha emitida pelos asteroides e trazer informações importantes sobre propriedades da superfície desses corpos.
O plano é que Lucy visite remotamente sete objetos específicos do grupo para fornecer detalhes extremos. Isso porque a composição e superfície das rochas espaciais apresentam muitas variações. Os resultados do trabalho podem fornecer mais detalhes sobre o surgimento de planetas e da formação do Sistema Solar.
Espectrômetro de Emissão Termal da Lucy (L’TES)Fonte: NASA/Reprodução
“Enquanto construímos o instrumento, a equipe do L’TES baseou-se em outros de nossos projetos, fabricações e operações de espectrômetros de emissão térmica de missões semelhantes, como OSIRIS-REx e Mars Global Surveyor”, disse Phil Christensen, cientista responsável pelo equipamento, em comunicado da agência.
“Cada instrumento tem seus próprios desafios, mas com base em nossa experiência, esperamos que o L’TES nos forneça dados excelentes, bem como algumas surpresas sobre esses objetos enigmáticos”, completou.
Apesar de a pandemia dificultar o andamento do projeto, a missão está prevista para outubro deste ano, conforme planejado de início. “Fico constantemente impressionado com a agilidade e flexibilidade da equipe para lidar com quaisquer desafios colocados diante deles”, comentou Hal Levison, líder da iniciativa.
Missão buscará desvendar a complexa superfície de asteroidesFonte: NASA/Reprodução
“Há apenas cinco anos, essa missão era apenas uma ideia e agora temos muitos componentes principais da espaçonave e da carga útil montados, testados e prontos para uso”, finalizou. O L’TES é o segundo de três peças primárias fundamentais para a concretização da missão.
Em novembro de 2020, foi instalada uma antena que permitirá a comunicação da espaçonave com a Terra. Seu funcionamento baseado em navegação fará a coleta de dados, especificamente com a medição precisa das massas dos asteroides.
Ela foi integrada à câmera de alta resolução L’LORRI, construída pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins. Dessa forma, para a concretização do lançamento, falta apenas a inserção da câmera de imagem colorida L’Ralph, programada para ser entregue no início de 2021.
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