A China anunciou a abertura oficial do seu telescópio “Sky Eye” para a comunidade científica global a partir do próximo dia 1º de abril, segundo anúncio do China Global Times. O prato parabólico de 500 metros de diâmetro faz desse rádio-telescópio o maior do mundo.
Também chamado de FAST (iniciais em inglês de telescópio esférico de 500 metros de abertura), a instalação tem sido utilizada, desde 2016, na detecção de pulsares e outros alvos astronômicos energéticos, além de ser também utilizada eventualmente na busca de vida alienígena.
Smartphones e câmeras não são permitidos na área central do FAST (Fonte: XHNews/Twitter/Reprodução)Fonte: XHNews/Twitter
A partir da data de abertura anunciada, os cientistas estrangeiros poderão enviar solicitações de observação via online para Observatórios Astronômicos Nacionais da China. De acordo com a agência de notícias Xinhua, todas as propostas serão analisadas, selecionadas e, a partir de 1º de agosto, o tempo de observação passará a ser dividido entre os interessados.
O engenheiro-chefe do FAST, Jiang Peng, disse à agência oficial de notícias que cerca de 10% do tempo total de observação do telescópio será integralmente direcionado para a comunidade científica internacional. Ele afirmou que, dentro dos objetivos estratégicos da instalação, vários projetos prioritários foram estabelecidos.
Único "olho do céu" existente
Fonte: XHNews/Twitter/ReproduçãoFonte: XHNews/Twitter
Localizado no condado de Pingtang, no sudoeste da China, o FAST foi oficialmente inaugurado no dia 11 de janeiro de 2020, embora já fizesse observações experimentais desde 2016. Até novembro do ano passado, o "Sky Eye" havia descoberto 240 pulsares, inclusive um raríssimo pulsar de milissegundo, que gira muito mais rápido dos que os ditos "normais".
A disponibilização do “Sky Eye” chegou num momento importante, pois a instalação se tornou a única a fazer alguns tipos específicos de observação depois do colapso total do Observatório de Arecibo, em Porto Rico. Depois de ter a “morte” decretada pela NSF norte-americana, surgiu uma esperança de reconstrução após o governo porto-riquenho oferecer uma ajuda de US$ 8 milhões.
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