Em 145 centros de saúde dos EUA começou hoje a campanha de vacinação contra a covid-19, com a imunização dos profissionais da Saúde. O "rosto" da campanha é o de Sandra Lindsay, enfermeira da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Judaico de Long Island, nomeada como a primeira pessoa a ser vacinada em território americano. A aplicação aconteceu ao vivo, em rede nacional, com a presença do governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, por vídeo.
Durante a semana, o governo planeja distribuir quase 3 milhões de doses, recomendando que os profissionais de Saúde na linha de frente do combate à pandemia sejam os primeiros a ser imunizados, seguidos pelos que trabalham em instituições de cuidados a longo prazo (a partir de 21 de dezembro serão vacinados residentes de lares de idosos e instalações de vida assistida).
A vacina da Moderna deve receber também o registro de uso emergencial até o fim de semana. Segundo o governo americano, 20 milhões de pessoas deverão receber ao menos a primeira dose das vacinas aprovadas.
Compra sem ter como armazenar
A vacina da Pfizer já começou a ser aplicada no Reino Unido, e foi aprovada em Bahrein, Canadá, Arábia Saudita, México e Singapura.
No Brasil, o imunizante feito com RNA foi praticamente descartado pela anunciada falta de infraestrutura para armazenar vacinas gênicas (que demandam temperaturas de -70 °C). Dias depois, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que assinará uma carta de intenção para a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer.
Segundo ele, seria possível começar a campanha de imunização em dezembro ou em janeiro, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial do imunizante.
Na sexta-feira (11), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deu a Pazuello 48 horas de prazo para que sejam apresentadas as datas de cada etapa do plano de vacinação contra a covid-19, intimando também a Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o pedido.
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