Nesta quinta-feira (10), o Instituto Butantan deu início à produção da CoronaVac no Brasil em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A vacina contra a covid-19 será utilizada para imunizar a população do Estado de São Paulo a partir de janeiro, e a meta é produzir até 1 milhão de doses diariamente.
"É um momento histórico que orgulha todos nós, brasileiros. O Butantan mais uma vez sai à frente e começa a produzir uma vacina que vai salvar milhões de brasileiros. Para fazer a quantidade que a urgência nos impõe, a fábrica que funcionava em escalas passará a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana", comentou o governador de São Paulo, João Doria, durante o anúncio oficial.
Para dar conta da demanda, a instituição vinculada ao governo paulista está ampliando sua fábrica, na qual já são criadas imunizações contra outras doenças. Além das reformas, ela receberá 120 funcionários extras para reforçar a produção da vacina contra o novo coronavírus.
CoronaVac é considerada uma das vacinas contra covid-19 mais seguras entre as testadas no Brasil.Fonte: Instituto Butantan/Divulgação
O local tem seis máquinas para o envase dos insumos recebidos da China, além de rotulagem e embalagem do produto. O primeiro lote terá 300 mil doses, mas a previsão é entregar 40 milhões delas até o fim de janeiro com a ampliação da capacidade.
Ensaio clínico ainda não foi concluído
Apesar de iniciada a produção da CoronaVac no Brasil, a vacina chinesa ainda não concluiu a fase 3 de teste clínico, estágio em que é comprovada a eficácia do imunizante. Segundo o instituto, a documentação final do ensaio será enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até 15 de dezembro.
Mesmo assim, mais de 900 cidades em 12 estados já manifestaram interesse em adquirir a vacina, conforme Doria. Anteriormente, o governador havia dito que o Butantan pretende fornecer 4 milhões de doses para aplicação em profissionais de saúde de outras regiões do país em janeiro.
Nas fases 1 e 2, a imunização apresentou segurança e capacidade de gerar resposta imune em 97% dos casos em um prazo de até 28 dias após a aplicação, de acordo com os resultados publicados na revista científica Lancet em novembro.
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