Nesta quarta-feira (2), a sonda chinesa Chang’e-5 iniciou a coleta de rochas na Lua, conforme informações da Administração Espacial Nacional da China (CNSA). O trabalho começa um dia depois de a missão pousar com sucesso no satélite natural, para uma estadia que deve durar duas semanas.
Segundo a CNSA, o robô realizou a preparação para começar sua atividade logo após chegar à região inexplorada conhecida como Oceanus Procellarum, na face visível da Lua, desdobrando as asas solares. Em seguida, ele iniciou as primeiras tarefas de “perfuração e embalagem das amostras lunares”.
Para coletar o material, a Chang’e-5 utiliza dois métodos de extração, adotando o uso de brocas para perfurar o solo e um braço mecânico para retirar os materiais da superfície e colocá-los em um dos módulos da missão. Essa atividade deve ser realizada ao longo de um dia lunar, que equivale a aproximadamente 14 dias terrestres.
Imagens do momento em que o módulo chegava à Lua.Fonte: CNSA/Divulgação
Finalizada a tarefa, os cerca de 2 kg de regolito serão levados pelo módulo de subida até a órbita do satélite natural, onde a cápsula de retorno trará o material para a Terra, devendo chegar em meados de dezembro, pousando na Mongólia Interior. Se a missão for concluída com sucesso, a China se tornará o terceiro país a realizar tal façanha, após os Estados Unidos e a extinta União Soviética.
Imagens do pouso divulgadas
A CNSA divulgou imagens inéditas do pouso da Chang’e-5 na Lua. O vídeo mostra o módulo espacial desacelerando, indo na vertical, evitando algumas irregularidades na superfície, plainando e finalmente tocando o solo lunar. Confira a gravação no tweet abaixo:
Fantastic footage of the Chang'e-5 descent and landing released. Great view of the horizon there are clear phases of deceleration, the spacecraft going vertical, coarse hazard avoidance, hovering and then the landing. [CNSA/CLEP] https://t.co/q6i9Nxeg2d pic.twitter.com/HvGwClRGG4
— Andrew Jones (@AJ_FI) December 2, 2020
Esta é a quinta parte do programa Chang’e, que nas viagens anteriores já pousou um robô no lado oculto da Lua, entre outros feitos. As missões estão incluídas em um ambicioso projeto chinês de se tornar uma superpotência espacial, instalando uma base permanente no satélite natural até o fim desta década.
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