Em 1915, Albert Einstein revolucionou o campo da física ao propor a Teoria da Relatividade, estudo pelo qual ele acabou eternizando seu nome. Para explicar melhor no que consistia o fenômeno apresentado, ele utilizou os buracos de minhoca como forma de fundamentar sua tese, algo que mudou a percepção sobre espaço e tempo na época.
Mesmo hoje, após mais de 1 século de discussão, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que são buracos de minhoca e como eles funcionam. Continue lendo para sanar todos os questionamentos e entender de vez o que Einstein quis dizer quando utilizou a figura do fenômeno pela primeira vez.
Buraco negro: o que é e como funciona
Inicialmente, acreditava-se que os buracos de minhoca não existiam de verdade, servindo apenas para justificar aspectos teóricos, mas Einstein não se conformou com o pensamento e buscou retificá-lo. Foi assim que, em conjunto com Nathan Rosen, grande nome da física, nasceu o artigo que visava explicar o modo de funcionamento do buraco negro a partir de seu contraponto, o buraco branco.
(Fonte: Pixabay)Fonte: Pixabay
O primeiro é conhecido por sugar tudo o que aparece em sua frente, incluindo corpos, matéria e até luz. Com esse pensamento, o buraco branco seria o contrário, funcionando sempre à base de expelir tudo, levando ao pensamento de que ambos os fenômenos estão conectados: enquanto o buraco negro absorve, o buraco branco é responsável por expulsar.
Esse pensamento foi chamado de Ponte Einstein-Rosen, mas acabou sendo popularizado pelo termo "buraco de minhoca", usado pela primeira vez em 1957 graças ao físico John Wheeler.
Buracos negros existem?
Na prática, é muito provável que não, mesmo com os argumentos apresentados por Einstein. Porém, na teoria, eles são altamente aceitos, conforme afirma o astrônomo Andrew Pontzen. Isso se dá porque, para que os buracos de minhoca existam em nossa realidade, é necessário que haja a matéria obscura, que se imagina ser a única forma de manter um buraco negro aberto e estável, de certa forma.
Ou seja, o cenário em que o fenômeno é real depende de muitos fatores, tornando-o cada vez mais improvável. No entanto, é válido ressaltar que essa área da física é estudada com frequência, e a qualquer momento uma nova descoberta pode ser feita, viabilizando a existência dos buracos de minhoca para além da teoria.
Buraco de minhoca na ficção
Em 1985, Carl Sagan, renomado astrofísico, escreveu Contato, livro que mostra a interação entre seres humanos e extraterrestres, cujo encontro seria proporcionado por uma viagem através do buraco de minhoca. Como ele acabou descobrindo, esse passeio não seria possível, pois os órgãos dos humanos seriam puxados em diferentes direções devido à gravidade, tornando-os quase espaguetes após um processo de esticar e comprimir.
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Para resolver esse embate, ele contou com a ajuda de Kip Thorne, um grande especialista sobre relatividade que conseguiu encontrar uma solução lógica que Sagan pudesse mostrar em sua obra.
Além de a nova ideia aparecer em Contato, tanto no livro quanto na adaptação cinematográfica de 1997, ela foi publicada em uma revista de física que ajudou cientistas a pensarem o fenômeno do buraco de minhoca a partir de uma nova perspectiva.
Mas existem também obras que não prezam tanto pela segurança lógica, optando por desafiar as leis da física. Bons exemplos para ilustrar essa situação são os filmes da trilogia De Volta Para o Futuro ou a série Dark, da Netflix, que lidam com a ideia de viagem no tempo por meio de buracos de minhoca, algo que é visto como impossível, mas que proporciona entretenimento para o público.
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