A missão Chang’e-5 pousou na superfície da Lua com sucesso nesta terça-feira (1º), de acordo com as informações divulgadas pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA). A chegada ao solo lunar aconteceu por volta das 12h13 (horário de Brasília), nas proximidades do Monte Rümker.
Lançada no dia 24 de novembro pelo foguete Long March 5, cuja queima do combustível gerou um fenômeno que foi confundido com um OVNI ao ser avistado no céu da região Nordeste do Brasil, a espaçonave chinesa se aproximou do satélite natural no último fim de semana. A partir daí, ela começou a circular a órbita lunar.
O passo seguinte foi a divisão da missão em duas partes, ontem (30). Enquanto o módulo de retorno e o veículo de serviço permaneceram no espaço, o segmento de aterrissagem foi preparado para a manobra executada hoje. A descida automatizada, até a região conhecida como Oceanus Procellarum, durou cerca de 15 minutos (veja as imagens no tweet abaixo).
CCTV-13 just ran this. #China #Moon #Change5 pic.twitter.com/gxXBNr7mz6
— Jonathan Amos (@BBCAmos) December 1, 2020
Após o pouso bem-sucedido, a missão batizada em homenagem à deusa chinesa da Lua já está pronta para iniciar seu trabalho de coletar rochas da superfície lunar. Para tanto, ela vai utilizar um perfurador com capacidade de chegar a até 2 metros de profundidade.
Viagem de volta
O trabalho da Chang’e-5 na Lua deve durar cerca de duas semanas, acontecendo enquanto houver luz solar. A China pretende coletar em torno de 2 kg de regolito, que serão colocados no módulo de ascensão, localizado junto ao veículo de descida.
A parte da nave contendo o material lunar será lançada até o módulo orbital e a cápsula de retorno, que ficaram no espaço, quando terá início a viagem de volta à Terra. Segundo a equipe de controle da missão, a reentrada na atmosfera está prevista para acontecer entre os dias 16 e 17 de dezembro, com a sonda pousando na Mongólia Interior, sendo auxiliada por paraquedas.
A Chang'e-5 já está pronta para iniciar o trabalho na Lua.Fonte: XinhuaNet/Reprodução
Essas rochas lunares transportadas pela Chang'e-5 são formações mais recentes que as colhidas pelas missões Apollo (Estados Unidos) e Luna (União Soviética). Com o estudo delas, os cientistas esperam poder calcular com mais precisão as idades dos planetas do Sistema Solar.
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