Foguete Atlas V lança satélite espião americano com sucesso

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Imagem: United Launch Alliance/Divulgação

Na última sexta-feira (13), o foguete Atlas V da United Launch Alliance (ULA) lançou com sucesso uma carga ultrassecreta do National Reconnaissance Office (NROL), que foi colocada em órbita após uma série de atrasos na missão, devido a problemas técnicos e as más condições climáticas no local da decolagem.

Prevista inicialmente para decolar no dia 3 de novembro, de Cabo Canaveral, na Flórida (Estados Unidos), a missão NROL-101 teve o primeiro problema, com o sistema de ar condicionado que refrigera o satélite espião, detectado pela equipe da ULA na data.

No dia seguinte, a nova programação precisou ser adiada mais uma vez, por causa de uma falha no sistema de abastecimento do foguete. Com o bug corrigido, a decolagem passou a depender das condições climáticas da região, afetada pela tempestade tropical Eta, que se intensificou a partir do dia 9, mas perdeu força e permitiu o lançamento da NROL-101 no dia 13.

O foguete finalmente conseguiu decolar, após a missão ser adiada diversas vezes.O foguete finalmente conseguiu decolar, após a missão ser adiada diversas vezes.Fonte:  Flickr/United Launch Alliance 

Este foi o quinto lançamento da ULA em 2020 e o 86º voo do Atlas V desde a sua estreia, em 2002, sendo o primeiro com os novos motores de foguete sólidos GEM 63, fabricados pelo Northrop Grumman. Além de outras cargas militares, a empresa também foi a responsável pela decolagem da missão Mars Perseverance Rover da NASA, que deve chegar a Marte em fevereiro do próximo ano.

Carga útil misteriosa

Responsável por gerenciar a frota de satélites espiões do governo americano, o NROL não costuma fornecer detalhes a respeito de suas cargas lançadas ao espaço. E isso não foi diferente em relação à missão mais recente.

Mas de acordo com o Space.com, os alertas emitidos para pilotos e velejadores sugerem que o Atlas V seguiria uma rota a nordeste de Cabo Canaveral, para colocar o satélite espião em uma órbita de alta inclinação. Nesta região, a espaçonave teria vistas regulares da Rússia e outras áreas do hemisfério norte.

Satélites como este são utilizados pelo NROL como “olhos no céu”, servindo para fornecer imagens reais e de radar da Terra a partir do espaço. Eles também possibilitam enviar e interceptar comunicação segura para diversas agências de inteligência.

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