Se você tirou um tempo para espiar a Lua nas últimas noites, é possível que tenha percebido que ela, em sua fase minguante, iniciada no dia 8, não desapareceu aos poucos, totalmente, como de costume – e há um motivo bem específico para isso: um fenômeno chamado luz cinérea, descrito, pela primeira vez, há mais de 500 anos por Leonardo da Vinci.
O que ocorre é que, durante o evento, a Terra reflete parte da luz do Sol que recebe (cerca de 38%) diretamente para o espaço, sendo que o satélite natural "rebate" cerca de 10% novamente para cá, proporcionando um espetáculo diferente. Quanto mais nebuloso o planeta, mais luz e, portanto, mais forte a "cena". Entretanto, o melhor ainda está por vir.
Depois da fase Nova, começará a Lua Crescente, e, em seus primeiros dias, a partir do dia 15, a luz cinérea será ainda mais aparente, já que o brilho da parte sombreada compete apenas com a faixa "acesa" característica do período. Além disso, as fases do planeta e de sua vizinha são complementares (e, de lá, poderíamos observar a "Terra Cheia").
Luz Cinérea, descrita, pela primeira vez, por Leonardo Da Vinci.Fonte: Reprodução
Um último suspiro
E aí, se empolgou com a luz cinérea? As melhores datas para a visualização do fenômeno serão do dia 17 ao 20, logo ao anoitecer, durante a Lua Crescente. Aliás, uma curiosidade é que, se o Sol desaparecesse, enquanto a Terra mergulharia em escuridão, teríamos ao menos três minutos do evento lunar antes de a luz se apagar.
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