Primeira vacina contra covid-19 a receber aprovação regulatória no mundo, a Sputnik V pode ser autorizada no Brasil em dezembro e produzida em massa na sequência, de acordo com o diretor do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF), Kirill Dmitriev. Ele confirmou a novidade durante entrevista coletiva online nesta segunda-feira (19).
Desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, a imunização está em fase 3 de testes clínicos, que conta com 40 mil participantes. Os resultados serão apresentados em breve aos órgãos de controle de cada país com o qual a entidade firmou parceria, para que a aprovação aconteça até dezembro, segundo Dmitriev. No Brasil, o registro ficará a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Até agora, dois estados já firmaram acordo com o governo russo para receber o imunizante contra o novo coronavírus. No caso da Bahia, 50 milhões de doses da Sputnik V foram compradas e serão entregues prontas, enquanto o contrato com o Paraná prevê a transferência de tecnologia.
A Sputnik V pode estar disponível já no início de 2021.Fonte: Freepik
Depois da chegada das primeiras doses importadas, a produção da vacina russa no Brasil será feita pela farmacêutica União Química, autorizada pela instituição estrangeira. O imunizante também terá produção na Coreia do Sul, na Índia e na China, além de outros países da América Latina que estão em negociação com a Rússia.
Indução de resposta imune comprovada
Usando estruturas elaboradas na produção de outros tipos de vacinas há mais de 30 anos, a Sputnik V tem dois adenovírus humanos em sua fórmula, o Ad26 e o Ad5, causadores do resfriado comum.
Os resultados das fases iniciais do estudo clínico, publicados na revista The Lancet, mostraram que ela é segura e tem capacidade de induzir resposta imune. Já em relação aos efeitos adversos, os voluntários mencionaram dor no local da aplicação, dor muscular e hipotermia.
Ela consiste em duas doses intramusculares, que são aplicadas em um intervalo de 21 dias.
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