Hoje (20), o governo do Reino Unido anunciou através de um comunicado de imprensa sua parceria com o Imperial College London, a empresa de serviços laboratoriais hVIVO e o Royal Free London NHS Foundation Trust para se tornar a primeira nação a conduzir testes de “desafio humano” contra a covid-19.
O projeto deve começar em janeiro de 2021, com resultados previstos para maio, e terá um investimento de 33,6 milhões de libras (cerca de R$ 244 milhões).
Como vai funcionar?
Pesquisas de desafio humano são uma forma mais rápida de testar vacinas, pois não é preciso esperar que pessoas sejam expostas à doença naturalmente.
O estudo em questão contará com 90 voluntários saudáveis com idade entre 18 a 30 anos, que serão contaminados com a menor dose possível do vírus. Após isso, eles ficarão dentro de uma instalação de biossegurança sendo então monitorados 24 horas por dia para analisar como a imunização irá funcionar.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)Fonte: Pixabay
É claro que a segurança dos envolvidos é a prioridade, por isso os planos precisarão de aprovação do comitê de ética e de órgãos reguladores antes de serem iniciados. Além disso, os participantes receberão uma compensação financeira por seu tempo, bem como acompanhamento de 1 ano após a realização do experimento para garantir que não haja efeitos colaterais.
“Minha equipe tem conduzido com segurança estudos de desafio humano com outros vírus respiratórios por mais de 10 anos. Nenhum teste é totalmente isento de riscos, mas os parceiros do Programa de Desafio Humano trabalharão duro para garantir que eles sejam os menores possíveis”, explicou o pesquisador líder do projeto, Dr. Chris Chiu, do Imperial College London.
Vacinas em desenvolvimento
(Fonte: Pixabay/Reprodução)Fonte: Pixabay
Centenas de outros projetos de imunização contra o vírus estão sendo desenvolvidos ao redor do mundo, e vários já entraram nos estágios finais, incluindo um idealizado pela Universidade de Oxford.
Mesmo assim, os pesquisadores do desafio humano garantem que seu trabalho ainda será muito útil, podendo servir até mesmo como uma forma de comparar quais vacinas apresentarão a melhor taxa de eficácia.
Os cientistas também acreditam que diversos tratamentos e imunizações serão necessários para o controle da covid-19 e reforçam a necessidade de futuros testes em pessoas com o maior risco de contrair a doença.
"Estamos fazendo tudo o que podemos para combater o coronavírus, incluindo o apoio aos nossos melhores e mais brilhantes cientistas e pesquisadores em sua busca por uma vacina segura e eficaz”, afirmou Alok Sharma, Secretário de Estado do Reino Unido.
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