Da traseira de um caminhão de combate adaptado, são lançados mísseis que, já no ar, se transformam em drones: é isso o que se vê no vídeo divulgado esta semana pela Academia Chinesa de Eletrônica e Tecnologia da Informação (CAEIT). Em outra parte do vídeo de demonstração, os drones são lançados de um helicóptero. Do solo, os alvos são identificados em um tablet, que também serve para direcionar os mísseis a seu alvo.
Segundo uma fonte do Exército de Libertação do Povo disse ao South China Morning Post, “eles ainda estão no estágio inicial de desenvolvimento e os problemas técnicos ainda precisam ser resolvidos. Uma das principais preocupações é o sistema de comunicações e como evitar que ele trave no meio de uma operação. Os militares descobriram que a inteligência artificial usada é muito lenta para reagir”.
Segundo essa mesma fonte, os drones são um dos exemplos da estratégia do governo de usar cada vez mais empresas no desenvolvimento de armamentos, impulsionando o desenvolvimento militar com o apoio do setor privado. Analistas militares, porém, viram com apreensão a demonstração: enxames podem ser usados para confundir e sobrecarregar sistemas de defesa aérea.
Destruição portátil
Segundo o jornal South China Morning Post, as informações sobre o novo sistema de armas chinês são poucas, mas especialistas acreditam que os drones mostrados nas imagens são o desenvolvimento dos CH-901, drones lançados pela China Poly Defense em 2018.
O CH-901 tem autonomia de 10km ou 40 minutos, voando a até 120 km/h com ogivas explosivas. Orone pode penetrar 10 cm de blindagem e destruir tanques e blindados, detectando alvos em um raio de mais de 1,5 km, a uma altitude de 450 m.
O vídeo dos testes surge logo depois de o governo chinês intensificar os exercícios militares, usando drones armados, no Mar da China Meridional e sobre o Estreito de Taiwan. O uso de enxames não é exclusividade da China: EUA, Reino Unido e Turquia são alguns dos países que estão testando seu uso em combate.
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