A Johnson & Johnson iniciou, nesta quarta-feira (23), a terceira fase de testes da sua vacina contra covid-19, que contará com a participação de 60 mil pessoas, entre as quais pelo menos 7 mil voluntários brasileiros. Essa é a maior testagem realizada até o momento, em todo o mundo, e os resultados devem ser conhecidos já no início de 2021.
Nesta etapa, a última antes da produção em larga escala, metade dos participantes do teste receberá a vacina, enquanto na outra parte, que servirá de grupo de controle, será aplicada uma substância inativa (placebo). Como se trata de um estudo clínico do tipo duplo-cego, voluntários e pesquisadores não vão saber quem recebeu a imunização ou o placebo — a escolha será feita de forma aleatória.
Chamada oficialmente de Ad26.COV2.S, a imunização desenvolvida pela Janssen-Cilag, farmacêutica do grupo Johnson, se diferencia das outras vacinas contra o coronavírus por exigir a aplicação de apenas uma dose, em vez de duas, e não precisar ser armazenada em temperaturas abaixo de zero.
Nesta etapa, são aceitos voluntários com idade mínima de 18 anos e até pessoas com doenças preexistentes.Fonte: Pexels
Ela é produzida com um adenovírus, que realiza o transporte de um gene do Sars-COV-2 para as células humanas. Na sequência, as células produzem proteínas do coronavírus, que ajudam a preparar o sistema imunológico para combater uma infecção posterior.
Resultados positivos nas fases anteriores
As duas primeiras fases de teste da vacina da Johnson foram finalizadas com sucesso. Nessas etapas, foram testadas a eficácia e a segurança da substância, permitindo verificar a capacidade de induzir uma resposta imune e a ocorrência de efeitos adversos graves.
Em caso de sucesso na fase 3, que também terá a participação de voluntários dos Estados Unidos, México, África do Sul, Argentina, Peru, Colômbia e Chile, a companhia quer entregar as primeiras doses da vacina contra a doença causada pelo Sars-COV-2 no início de 2021, para uso emergencial.
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