Na última sexta-feira (11), um dos satélites Starlink, iniciativa de Elon Musk para criar uma cobertura de internet global, retornou do espaço e pôde ser avistado por moradores de São Paulo. Relatos indicam que testemunhar o que ocorreu foi relativamente fácil. Em eventos do tipo, o equipamento se despedaça e queima ao entrar na atmosfera, gerando uma bola de fogo no céu.
Marcelo Zurita, diretor técnico do Brazilian Meteor Observation Network (BRAMON), instituição que divulgou imagens de duas de suas estações instaladas em Nhandeara, São Paulo, bem como as registradas pelo parceiro Clima ao Vivo, em Monte Azul Paulista, explica o que foi registrado: "Quando as câmeras iniciaram a gravação, o satélite já estava completamente fragmentado, passando sobre Paranaíba, Mato Grosso do Sul. Os fragmentos seguiram lentamente na direção sudeste. A gravação foi interrompida quando eles passavam sobre o município paulista de Lins."
"Temos umas câmeras mais ao Sul que não registraram os detritos, então não devem ter ido muito longe", detalha
"Descartamos de primeira que pudesse ser um meteoro ou um bólido. Logo identificamos que era um lixo espacial e divulgamos, para que as pessoas não se preocupassem", complementa o astrônomo coordenador do projeto EXOSS Citizen Science Project.
Riscos mínimos
O dispositivo em questão era o Starlink-32, lançado em 2019. Dados orbitais já previam que ele retornaria na data e no local citados, sendo visto do Brasil ou sobre o Oceano Atlântico. Nas próximas semanas, outros satélites devem ser trazidos novamente à Terra (não havendo chances de serem testemunhados por olhos brasileiros).
Queda de meteorito agora a pouco!! Avistado de Jales. Consegui capturar um pedaço... infelizmente a imagem não ficou tão boa... mas pra quem gosta, tá valendo! ??#meteoro #astronomia #meteorito https://t.co/1Dweo4BrNf pic.twitter.com/49EtVm6Zly
— Fernando Palhares (@palhares_fer) September 12, 2020
Quanto aos perigos envolvidos nessas manobras, especialistas declaram que são mínimos. Por se tratar de máquinas pequenas e pesarem cerca de 230 kg, suas estruturas consideradas frágeis normalmente são incineradas antes de chegarem ao chão – o que não deixa, entretanto, de fornecer um espetáculo visual digno de lembrança.
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