Um novo estudo realizado por cientistas do Instituto Cooperativo de Pesquisa em Ciências Ambientais (CIRES, na sigla em inglês) da Universidade do Colorado (EUA) confirmou que os níveis de ozônio aumentaram na troposfera de 1994 a 2016 em toda a região do hemisfério norte.
Estudo usou aeronaves comerciais
Ao contrário da camada de ozônio, presente em altitudes muito superiores na atmosfera terrestre, que protege nosso planeta contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta do Sol, o ozônio presente na troposfera (camada mais baixa da atmosfera) atua aumentando o efeito estufa, o que causa problemas de saúde e contribui para radicais mudanças climáticas.
Cientistas já tinham tentando medir a concentração de ozônio na troposfera, mas os dados coletados pelos satélites eram divergentes e não puderam ser usados para determinar se o gás aumentou ou diminuiu.
Alto nível de ozônio na troposfera causa efeito estufa.Fonte: Pixabay/Reprodução
Por isso, os especialistas resolveram realizar um novo estudo usando aviões comerciais do Sistema de Observação Global Baseado em Aeronaves (IAGOS, na sigla em inglês) da Europa. A pesquisa se baseia em uma abordagem única de coleta de dados que começou em 1994 e usa o mesmo instrumento para medir a concentração de ozônio em todo o mundo.
Para essa análise, o IAGOS forneceu dados coletados entre 1994 e 2016 em 11 pontos no hemisfério norte. Durante esse período, foram registrados 34,6 mil perfis do gás, cerca de quatro por dia. Os cientistas perceberam que o ozônio se manteve baixo entre 1994 e 2004, mas subiram para "níveis muito altos" entre 2011 e 2016. Em um âmbito geral, os níveis do gás aumentaram 5% a cada década.
Poluição causada por humanos
De acordo com a equipe, a principal causa para o aumento do ozônio na troposfera é a maior concentração de nitrogênio (NOx), poluente em grande parte gerado por atividades humanas, como fábricas e veículos motorizados.
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