Chegando à categoria 4 nesta madrugada (27), o furacão Laura já é considerado a maior tempestade a atingir Louisiana, nos Estados Unidos, em mais de um século. Seus ventos marcaram mais de 240 quilômetros por hora, fazendo frente a um evento ocorrido por lá em 1856. Os danos ainda estão sendo avaliados, mas cerca de 400 mil habitantes ficaram sem energia. Meteorologistas declararam que o nível das águas aumentou de quatro a seis metros e pode levar dias para retroceder.
Devido à situação, ordens de evacuação foram emitidas a mais de meio milhão de residentes tanto de Louisiana quanto do Texas. Muitos se recusaram a segui-las ou simplesmente não puderam – cenário agravado pela pandemia da covid-19, que demanda cuidados com distanciamento social, reduzindo a capacidade dos transportes. Em vez de 50, como de costume, apenas 20 embarcavam nos ônibus, de acordo com um representante local em entrevista ao USA Today.
Laura já é a maior tempestade a atingir o estado de Louisiana, nos EUA, em mais de um século.Fonte: Reprodução
Mesmo tendo sido rebaixado para a categoria 2 nas últimas horas, o Laura já somou 21 mortes, distribuídas no Haiti e na República Dominicana, um número que pode, infelizmente, aumentar nos próximos dias, já que a primeira fatalidade nos EUA causada por ele foi registrada na manhã desta quinta-feira: a de uma menina de 14 anos, que faleceu depois que uma árvore atingiu a casa em que morava.
Uma série de complicações
A região ainda enfrenta ventos de cerca de 177 quilômetros por hora, e autoridades locais pediram a ajuda de toda a Guarda Nacional para resgatar pessoas presas no caminho da tempestade. Pelo menos 150 ficaram para trás em Louisiana, existindo, certamente, mais delas, que podem estar em perigo por diversas questões.
Entre as dificuldades, podem ser citadas as monetárias e a impossibilidade de deslocamento por deficiência física própria ou de parentes. A preocupação com animais de estimação também é um fato.
A inexperiência com eventos do tipo, por fim, é outro agravante. Muitos simplesmente não viveram o suficiente para testemunhar estragos como os do furacão Laura – que podem se estender por anos.
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