Ainda que o cruzamento entre humanos e outras espécies seja desaconselhado veemente hoje em dia, nossos ancestrais não tinham a mesma opinião – sendo que genes de antepassados presentes em fósseis, por exemplo, mostram traços de neandertais e de outro grupo chamado denisovano.
A novidade é que um algoritmo desenvolvido por cientistas da Universidade Cornell e do Laboratório Cold Spring Harbor, em Nova York, revelou que havia mais "alguém" envolvido nessa história, até então desconhecido e presente em nosso DNA até hoje.
Por meio de análise, aplicada em genomas de dois neandertais, um denisovano e dois humanos africanos, descobriu-se que 3% do genoma do neandertal vieram de humanos antigos, por meio de cruzamentos que ocorreram entre 200 mil e 300 mil anos atrás.
O mais impressionante, entretanto, é que 1% do genoma denisovano provavelmente veio de outra espécie misteriosa – e cerca de 15% desse material pode ter sido passado para humanos dos dias atuais.
Os pesquisadores suspeitam que possam ser traços do Homo erectus, que passeava pela Terra há milhões de anos. Ainda assim, é só especulação.
Suspeita-se que traço de DNA seja do Homo erectus, mas é só especulação.Fonte: Reprodução
Entendendo a evolução
Adam Siepel, coautor do estudo, explica que o algoritmo é capaz fazer uma verdadeira viagem no tempo e de mostrar um passado mais longínquo que qualquer outro método computacional desenvolvido. Siepel ainda acredita que a tecnologia pode ser utilizada para estudos relacionados aos cruzamentos de outros exemplares, a exemplo de cães e lobos.
Emocionado, o pesquisador declara: "Fico empolgado porque nosso trabalho demonstra o que se pode aprender sobre a história humana a partir da reconstrução conjunta da história evolutiva completa de uma coleção de sequências de humanos modernos e hominídeos arcaicos."
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