Em comunicado nesta segunda-feira (29), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, alertou que a pandemia de covid-19 está longe de terminar e que o "pior ainda está por vir". A declaração é condizente com os números: foram registrados mais de 10 milhões de infectados e 500 mil mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Enquanto os Estados Unidos acumulam 25% de todos os óbitos mundiais, o Brasil responde por 10% deles. Em comum, os dois países têm presidentes com tendência a minimizar a doença. Donald Trump, entretanto, mudou de posição e aumentou o número de testagens. Já Jair Bolsonaro criticou na última quinta-feira (25) o "excesso de preocupação" de governadores e prefeitos com a covid-19.
Produção de vacinas avança
Apesar do aumento dos números, o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, chamou atenção para o grande progresso na busca por uma vacina segura e eficaz contra a doença. No sábado, o Ministério da Saúde anunciou a produção de 30,4 milhões de doses da vacina contra a covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford. Os testes estão em fase final, e o primeiro lote deve ser produzido em dezembro deste ano.
Alguns países, que já estavam avançando na retomada de atividades, tiveram que instaurar o isolamento social novamente em razão do aumento no número de casos, como Alemanha e Portugal.
Planos de saúde vão cobrir testes
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que planos de saúde devem cobrir testes sorológicos para a detecção da covid-19. Através de uma resolução publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (29), a agência definiu a inclusão dos testes no rol de procedimentos de cobertura obrigatória.
Com essa medida, beneficiários de planos ambulatorial, hospitalar ou de referência poderão realizar o teste sem custos extras mediante pedido médico.
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