A cada 100 testes rápidos realizados em farmácias no Brasil para detectar a covid-19, 15 dão positivo para o novo coronavírus. É o que aponta a primeira pesquisa sobre o tema realizada pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Conforme a pesquisa, 62.660 testes deste tipo foram feitos entre os dias 28 de abril e 14 de junho, dos quais 9.584 deram resultado positivo, o equivalente a 15,30%. Já nas outras 53.076 pessoas (84,70%), não foram encontrados os anticorpos contra o Sars-CoV-2.
Ainda de acordo com a Abrafarma, Minas Gerais e São Paulo lideram o ranking de testes rápidos para detectar o coronavírus. Somente em Minas, 22.222 testes aconteceram no período, com 2.522 resultados positivos (11,3%), enquanto em São Paulo, 14.973 pessoas realizaram o procedimento, das quais 2.101 testaram positivo (14,2%).
O teste rápido detecta os anticorpos.Fonte: Secretaria da Saúde do Estado da Bahia/Reprodução
Mas com relação à maior proporção de infectados, os líderes são outros. Neste quesito, o Ceará surge em primeiro lugar, pois 1.786 testes dos 5.002 realizados deram positivo, um total de 35,7%. Em seguida, aparecem Amazonas (31,5%), Pará (31,3%), Paraíba (31%), Maranhão (30,5%) e Amapá (29%).
Como funcionam os testes rápidos
Aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 28 de abril, o teste rápido sorológico é comercializado nas farmácias, custando entre R$ 100 e R$ 200, dependendo da região.
Nele, o sangue é coletado por meio de um furo na ponta do dedo, para medir a quantidade de anticorpos para o novo coronavírus presente no organismo. O método indica se a pessoa já teve contato com o vírus, apresentando o resultado rapidamente.
Mesmo com a facilidade de acesso e o custo relativamente baixo, este teste não é muito confiável para detectar a covid-19, pois os resultados podem confundir as pessoas. O mais indicado é o teste RT-PCR, que utiliza uma amostra respiratória do paciente para análise em laboratório.
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