O número de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil está crescendo a um ritmo mais rápido do que na Espanha, quando os europeus estavam nesta mesma fase da pandemia, o que aconteceu há duas semanas, de acordo com o Observatório Covid-19 BR.
Com base nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o estudo, que reúne especialistas de sete universidades nacionais, dos Estados Unidos e da Alemanha, mede a velocidade da doença no Brasil e faz a comparação com as estatísticas de outros países.
Para afirmar que a curva de mortes da covid-19 no Brasil está mais acelerada que na Espanha, os pesquisadores calcularam quanto tempo o vírus demora para dobrar o número de óbitos. Na terça-feira (21), esse tempo era de 9 dias e 14 horas no território nacional, enquanto na Espanha ele estava em 12 dias e 7 horas, há duas semanas, no dia 8 de abril.
Sem as medidas preventivas, a situação no país pode piorar.Fonte: Freepik
Quanto mais baixo for este intervalo de tempo, mais letal é a doença no país, naquele momento. Ou seja, conforme este critério, o Brasil tem um cenário pior que o dos espanhóis, se comparados períodos correspondentes do avanço do novo coronavírus. Tal comparação acontece em datas diferentes devido às mortes pela covid-19 terem começado antes no continente europeu.
Comparação com Nova York
Um dos epicentros da doença atualmente, com mais de 15 mil mortes registradas até esta quinta-feira (23), a cidade de Nova York está atualmente no 44º dia da pandemia, apresentando tempo de duplicação de 12 dias. Mas quando ela estava no 28º dia, o que ocorreu em 5 de abril, o ritmo de duplicação era de 3,5 dias, situação mais grave que a do Brasil, hoje.
Porém, participantes do Observatório Covid-19 BR alertam que um relaxamento nas medidas de distanciamento social podem causar um “aumento explosivo de mortes”, de maneira semelhante à ocorrida na cidade norte-americana.
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