Você já reparou no seu aparelho de ventilação a opção de ionizar o ar? Quando ativado, o sistema retira moléculas de oxigênio do ar e as converte em átomos carregados, que se agrupam em torno de micropartículas. As vantagens à saúde são imensas, já que essas micropartículas envolvem mofo, bactérias, alérgenos, bactérias e vírus, tornando o ar mais puro.
Com essas substâncias nocivas ficando com volume maior, por conta do invólucro de micropartículas, elas acabam mais facilmente retidas em filtros. E os cientistas acreditam que essa ionização pode ser uma ferramenta para controlar a propagação do vírus que causa a covid-19. Descobertas recentes mostram que o novo coronavírus pode permanecer no ar por mais tempo que se imaginava – até 3 horas – e se espalhar a distâncias maiores.
“A ionização bipolar é usada na área da saúde há muitos anos para muitas aplicações”, explica Tony Abate, diretor-técnico da AtmosAir Solutions, em entrevista ao Business Insider. Os íons são capazes de produzir uma reação química na membrana celular que acaba deixando alguns vírus inativos. Vários lugares públicos já empregam sistemas de climatização que fazem essa ionização, como aeroportos e hospitais.
Durante a pandemia, a qualidade do ar está sendo cada vez mais valorizada. Segundo Larry Sunshine, CEO da Plasma Air, os aparelhos domésticos que praticam a ionização já podem ser considerados itens essenciais para a casa. Existem até equipamentos que fazem apenas essa ionização, com tamanho bem reduzido.
Em outras pandemias, como a da síndrome respiratória aguda grave, a SARS, de 2002, a ionização se mostrou bastante eficiente no controle da doença. O mesmo foi notado na síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS, de 2012) e em diversas cepas causadoras da influenza. “Como os coronavírus são vírus envelopados, eles são mais fáceis de matar em comparação com vírus nus, como os norovírus”, explica Philip Tierno, professor de microbiologia e patologia da Universidade de Nova York.
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