Ano passado, falamos do cometa C/2019 Q4, descoberto no final de agosto. Ele chamou a atenção por ser apenas o segundo corpo interestelar a cruzar o Sistema Solar – o primeiro foi o Oumuamua. Mais tarde apelidado de Borisov, em homenagem ao seu descobridor, o astrônomo Gennady Borisov, o cometa agora parece estar explodindo. Desde o começo de março, ele brilhou mais forte em duas ocasiões, indicando fragmentações contínuas em seu núcleo.
Isso estaria acontecendo porque o cometa Borisov é feito de detritos gelados, mas sua trajetória o aproximou muito do Sol. Em dezembro de 2019, ele esteve a 190 milhões de quilômetros de nossa estrela, e a alta temperatura pode ter causado mudanças nas estruturas internas. Um mês antes, os astrônomos capturaram imagens do cometa que exibiam sua impressionante cauda com quase 160 mil quilômetros.
Imagem do cometa interestelar Borisov e uma comparação de seu tamanho com o da TerraFonte: NASA
Recentemente, cientistas teorizaram se seria possível uma espécie de intercepção do cometa para saber se ele traz informações além de Sistema Solar. A maior curiosidade é se ele estaria carregando água, pois isso seria o primeiro indício do líquido fora de nossa vizinhança.
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