Um recente estudo publicado na revista Nature Geoscience sugere que, há aproximadamente 3,2 bilhões de anos, a Terra era inteiramente coberta por um oceano global. Direcionado pelo professor Boswell Wing, da Universidade do Colorado e por seu ex-aluno, Benjamin Johnson, esse estudo analisou rochas do período Paleoarqueano localizadas no interior do noroeste da Austrália.
Já sabemos que, quando nosso planeta era mais novo, ele possuía camadas superficiais de rochas magmáticas - característica presente em planetas “em desenvolvimento”. E, a partir dos resultados, os pesquisadores concluíram que os primeiros sinais de acúmulo de água surgiram ainda nessa fase inicial, quando o planeta ainda estava repleta por magma.
A comunidade científica afirma que os oceanos se formaram a partir de cometas e outros corpos celestes feitos de gelo que colidiram com a Terra ao longo de muitos anos. O processo de formação da crosta terrestre e, por consequência, o movimento das placas tectônicas não aconteceu da noite para o dia.
Na verdade, o planeta permaneceu como um “mundo de água” por milhares de anos até que essas estruturas surgissem. Para sermos mais exatos, não existia crosta terrestre ou superfícies secas até 3,2 bilhões de anos atrás.
Além dessas descobertas, o estudo também aponta que as primeiras espécies vivas microscópicas surgiram pouco tempo depois da formação deste único oceano. Durante esse período, o planeta ainda não possuía animais aquáticos propriamente ditos, mas cianobactérias.
Agora a dupla de pesquisadores pretende explorar rochas de outros locais, como África do Sul e Arizona, para entender melhor como se formaram os continentes. Essas informações ainda podem ser úteis para descobrir onde e como se formou a primeira vida unicelular na Terra e quais planetas poderiam ser habitáveis.
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