Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), a Organização Mundial da Saúde declarou que o novo coronavírus, nomeado oficialmente “Doença Respiratória de 2019-nCoV”, é uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
Desde seu aparecimento na China em dezembro, o coronavírus afetou quase 20 países, já causou 170 mortes, infectou 7.818 pessoas (90% dos casos estão concentrados na China). A decisão aconteceu durante a reunião do Comitê Internacional de Regulamento Sanitário de Emergência em Genebra.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde havia dito que ainda era cedo para utilizar o termo e assumir uma abordagem mais agressiva. Contudo, com o aumento crescente de casos pelo mundo, a avaliação de risco do coronavírus subiu de “moderado” para “elevado”.
Quais são os impactos da decisão?
Essa designação libera mais verba para o combate ao coronavírus, além de exigir que novas medidas administrativas sejam tomadas. A partir de agora, diversas autoridades e governos deverão se unir para traçar uma estratégia de combate e mitigação da doença.
A Organização Mundial da Saúde utilizou esse termo apenas nos casos que realmente precisaram de uma resposta rápida, como o zika vírus (2016), a poliomelite (2014), a gripe suína H1N1 (2009) e a febre ebola.
O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que os países devem colaborar entre si, compartilhando dados oficiais, combatendo a falta de informação e tomando as medidas necessárias para evitar mais transmissões.
Além disso, ele pediu que países com sistemas de saúde mais fracos recebessem suporte de outras nações que, segundo ele, devem se apressar no desenvolvimento de tratamentos e vacinas.
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Brasil tem 9 casos suspeitos
Até o momento, nove casos suspeitos foram registrados em seis estados diferentes: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (2), São Paulo (3), Paraná (1) e Ceará (1).
Durante uma entrevista coletiva em Brasília, o secretário Vigilância em Saúde do Brasil, Wanderson de Oliveira, afirmou que o país continuará seguindo o planejamento de contingência adotado anteriormente.
"Só quando tivermos um primeiro caso confirmado é que declararemos emergência de saúde pública no Brasil. Junto à OMS nós verificamos e analisamos as condutas, se temos que mudar ou adaptar de acordo com a OMS", disse Oliveira à Globo.
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