De acordo com um levantamento divulgado esta semana, o ano de 2019 foi o 2º mais quente desde que as temperaturas globais começaram a ser registradas, há 140 anos, e a última década teve 5 dos anos mais tórridos de que se tem notícia, com todos se concentrando entre 2014 e o ano passado. As informações foram compiladas pela NASA e pela NOAA – sigla de National Oceanographic and Atmospheric Administration, órgão governamental dos EUA para assuntos relacionados com a meteorologia, os oceanos, a atmosfera e o clima – e tudo indica que os próximos 10 anos não deverão ser muito melhores...
Calorzinho na Terra
Conforme explicaram os cientistas por trás do levantamento, a análise dos dados apontou uma tendência alarmante. Além de os últimos 5 anos terem sido os mais quentes – e os últimos 10 anos terem batido as temperaturas mais altas já registradas –, de meados do século 20 para cá, as décadas foram batendo recordes de calor sucessivamente, sendo uma mais quente que anterior.
O pior é que, segundo os pesquisadores, o acréscimo de temperatura entre uma década e outra foi significativo – e o mais preocupante é que os especialistas identificaram que o clima apresenta uma tendência consistente de aquecimento global ao longo do tempo. O levantamento apontou que, só de janeiro a dezembro do ano passado, as temperaturas na Terra foram 0,95 °C mais elevadas do que a média registrada entre 1901 e o ano 2000, assim como 0,98 °C mais altas do que a média global medida entre 1951 e 1980.
E qual foi o ano mais quente registrado até agora? O de 2016, quando as temperaturas médias globais ficaram 0,99 °C acima da média dos últimos 50 anos. No entanto, o clima daquele ano foi influenciado por um El Niño especialmente nervoso, o que significa que o fenômeno climático que já é conhecido por causar elevação nas temperaturas teve ainda mais influência do que o normal.
No ano passado, o El Niño também impactou o clima do planeta, mas, segundo os pesquisadores por trás do levantamento, mas a sua interferência foi muito menor que em 2016, então a tendência de elevação que os cientistas mencionaram parece estar se comprovando. Além disso, deixando as “médias” de lado, inúmeras cidades pelo mundo registraram recordes de temperatura – e o aumento do calor foi associado à maior incidência de incêndios florestais em várias partes do mundo, entre eles, os ocorridos na Austrália, e ao incremento no degelo de áreas da Groenlândia, Antártida e do Ártico.
Fontes
Categorias