Uma companhia pretende construir uma vila marciana em pleno deserto de Mojave, na Califórnia, focada em preparar astronautas e futuros colonizadores para os rigores que encontrarão em Marte uma vez as missões espaciais comecem a partir com destino ao Planeta Vermelho. Mas as instalações previstas não abrigarão apenas exploradores, laboratórios e experimentos. O projeto prevê a criação de suítes de luxo e amenidades para atender visitantes endinheirados, o que significa que, além de servir funções científicas, a colônia-teste também visará gerar lucros.
Simulação
A companhia, chamada Interstellar Lab, apresentou o projeto no final do ano passado e pretende iniciar as obras em 2021. A empresa escolheu o deserto de Mojave, o mais árido dos EUA, como local de instalação do empreendimento por conta das condições ambientais – que podem auxiliar os astronautas a se aclimatarem ao duro clima com o qual se depararão no Planeta Vermelho –, e a “vila marciana” terá capacidade para abrigar 100 pessoas.
O empreendimento foi batizado de EBIOS – sigla de Experimental Bioregenerative Station ou Estação Biorregenerativa Experimental em tradução livre – e, como você pode ver na imagem a seguir, contará com domos de vidro que serão utilizados para o cultivo de alimentos, assim como com “habitats” para treinamento dos futuros exploradores e colonizadores de Marte. Para isso, pesquisadores e engenheiros da companhia estão trabalhando em parceria com a NASA para adequar o projeto às necessidades da agência espacial.
O protótipo vem sendo desenvolvido com base nos recursos imprescindíveis para que seres humanos possam sobreviver em Marte – quando as primeiras missões tripuladas começarem a acontecer, algo que está previsto para ter início na próxima década. No entanto, aqui na Terra, a vila deverá funcionar de forma parecida à Estação Espacial Internacional e proporcionará diferentes espaços e laboratórios para a realização de experimentos, treinamentos e simulações.
Turismo (quase) espacial
Segundo as expectativas da Interstellar Lab, a vila será ocupada por astronautas e cientistas durante metade do ano, mais ou menos – e, nos períodos em que as instalações não estiverem em uso, o espaço poderá receber visitantes. Assim, o complexo também contará com suítes pra lá de luxuosas, bem como com centros de arte e música para quem quiser (e puder pagar para) viver uma experiência diferente do convencional. Nesse sentido, de acordo com as previsões da companhia, os turistas deverão desembolsar entre US$ 3 mil e US$ 6 mil por estadias de 1 semana.
Conforme mencionamos antes, o empreendimento ainda não começou a ser construído, mas 4 áreas no deserto estão sendo sondadas pela Interstellar Lab para a sua instalação. Com relação ao impacto ambiental, a vila foi projetada para ser carbono-neutro e não gerar resíduos. Ademais, a ideia é que a energia, água e alimentos necessários para manter o complexo sejam reciclados e reutilizados, de maneira que o local deverá ser autossustentável. Veja mais imagens do projeto a seguir:
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