A NASA tem, em sua história, registro de astronautas que morreram por não conseguir escapar de um desastre iminente – os três tripulantes da Apolo I, sufocados pela fumaça em um teste no solo porque não puderam abrir a escotilha e sair da cabine incendiada, é o melhor exemplo. Por isso, no próximo dia 18, a Crew Dragon, cápsula da SpaceX que levará equipes até a Estação Espacial Internacional (ISS), será testada sobre o Oceano Atlântico, e a prova vai resultar na explosão do foguete que a levará, o Falcon 9.
A missão servirá para demonstrar o sistema de escape de emergência da Crew Dragon. Se passar com louvor, o projeto receberá sinal verde da agência espacial americana para levar tripulações para a ISS.
Segundo o programa, o Falcon 9 levantará voo às 10h (horário de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Aos 88 segundos da missão, a Crew Dragon deve se separar do foguete, acionar os motores e abrir seu paraquedas, já em curso rumo à superfície do Atlântico.
Nessa operação, o final do Falcon 9 não será feliz. Descontrolado, deve explodir em pleno ar ou cair intacto no oceano – segundo a SpaceX, as chances de isso acontecer são de menos de 1%. Com o impacto, porém, o foguete explodiria, consumindo seu combustível no processo. A empresa garantiu que vai recolher do mar todos os detritos resultantes do teste.
Lições do passado
O abortamento da missão e a separação da Dragon Crew do foguete que a carrega é crucial para que a NASA libere voos tripulados da SpaceX. Dois acidentes em 2019 assustaram a direção da empresa.
Em abril, durante um teste, uma Crew Dragon não tripulada explodiu quando comandos para abortar a missão foram acionados. Em fins de junho, um foguete Falcon 9 transformou-se em uma bola de fogo três minutos depois de levantar voo. A Crew Dragon que ele levava foi pulverizada.
Fontes
Categorias