De acordo com a Rocket Lab, companhia aeroespacial de origem neozelandesa e norte-americana, no próximo dia 25, seu time lançará o Electron em órbita, um foguete de 2 estágios (com possibilidade de um 3º opcional) reutilizável em seu 10º voo. A bordo, o artefato transportará 7 satélites no total – entre dispositivos de comunicação, de rastreio de aeronaves e para a realização de estudos sobre novos materiais e poluição eletromagnética. Mas um dos satélites levados pelo Electron terá uma missão peculiar: criar uma chuva artificial de meteoros.
Estrelas cadentes de mentirinha
Quem está por trás do projeto é a startup japonesa Astro Live Experience (ALE), e o satélite responsável pelo show celeste será o ALE-2. Esse dispositivo mede 60 x 60 x 80 centímetros, pesa por volta de 75 quilos e estará carregado com 400 esferas metálicas de apenas 1 centímetro de diâmetro – que serão liberadas na baixa órbita terrestre e queimarão em sua entrada na atmosfera, criando o efeito de estrelas cadentes.
Com relação aos possíveis riscos associados à liberação das tais esferas, o pessoal da ALE explicou que os objetos devem se desintegrar completamente entre 60 e 80 quilômetros da superfície e, portanto, não representam qualquer perigo para os espectadores em terra-firme, nem para aeronaves em circulação, além de oferecer mínimo impacto ambiental.
Outro fator interessante é que as bolinhas viajarão pela atmosfera a velocidades bem menores do que meteoros naturais e, sendo assim, as estrelas cadentes artificiais ficarão visíveis por mais tempo no céu, podendo permanecer brilhantes por até 10 segundos. Além disso, as esferas poderão ser observadas por espectadores que se encontrem em uma área com diâmetro de mais ou menos 200 quilômetros.
Na realidade, a chuva de meteoros artificial do dia 25 consistirá em uma mera demonstração, visto que a ALE está planejando um espetáculo que deverá ser impressionante para o ano que vem. Aliás, o satélite carregando as esferas para esse esperado evento – o ALE-1 – foi levado em janeiro deste ano pelo foguete japonês Epsilon e se encontra em órbita desde então para a realização de uma variedade de testes e levantamentos. E você, o que acha da iniciativa?
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