A missão InSight da NASA despertou a atenção de todo mundo, mas especialmente de uma pessoa em particular: Richard Branson. O que ele tem de especial é uma empresa que, juntamente com a Space X, tem ambições comerciais em relação à Marte. A InSight inspirou a equipe da Virgin Orbit a projetar o envio de pelo menos três missões ao planeta vermelho ao longo da próxima década, a partir de 2022.
Para a empreitada, a Virgin Orbit trouxe a bordo uma dúzia de universidades e mais um fabricante de satélites (a SatRevolution), todos poloneses. Como meta, tornar-se a primeira empresa comercial a enviar um dispositivo ao espaço profundo. A honra de ser a primeira foi da NASA, com os dois cubesats Wall-E e Eve, que viajaram com a sonda InSight até Marte. Ao chegarem ao planeta, a InSight desceu até a superfície marciana, enquanto os dois satélites retransmitiam os sinais da sonda de volta para a Terra.
Até agora, apenas agências governamentais chegaram a Marte. "Esse é ainda um clube bem pequeno, e nele não há nenhum consórcio formado por empresas e universidades", disse o vice-presidente de Projetos Especiais da Virgin Orbit, Will Pomerantz, ao site The Verge.
A ideia é projetar dispositivos de até 50 kg e enviá-los ao espaço profundo a bordo do foguete LauncherOne, projetado para ser lançado não do solo mas sim, por baixo da asa de um avião (nesse caso, o Boeing 747 da Virgin Orbit, chamado Cosmic Girl). A ambição em relação ao espaço não parece ter limites.
Objetivo vai além de Marte
“Passamos algum tempo examinando quais são as nossas opções e descobrimos que podemos mandar dispositivos para lugares como a Lua e Marte, e ainda as luas de Vênus – quem sabe, talvez possamos alcançar alguns dos asteroides no cinturão entre Marte e Júpiter”, conta Pomerantz.
Como parte do acordo, a Virgin Orbit construirá o foguete e a SatRevolution, os satélites. Quanto às universidades polonesas, elas determinarão as diretrizes das missões, como capturar imagens de Marte e de suas luas e estudar a atmosfera marciana.
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