Procura-se quem encontre, mapeie e explore cavernas lunares

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Em 2017, a sonda japonesa Selene descobriu uma gigantesca caverna lunar na região das Colinas de Marius, composta por um corredor com 50 metros de altura e mesma profundidade desembocando em uma cavidade subterrânea com 500 km de comprimento e 100 metros de largura.

Desde então, a grande questão que surgiu foi se formações como essa seriam ideais para abrigar as primeiras missões permanentes em solo lunar. Com isso em mente, a Agência Espacial Europeia (ESA) está à procura de um sistema que encontre, mapeie e ajude a explorar cavernas lunares.

A superfície da Lua é bem documentada desde as primeiras missões espaciais, na década de 1960. O que está por baixo dela, porém, ainda é pouco explorado. Nas áreas vulcânicas dos chamados mares lunares, geólogos planetários identificaram poços (provavelmente originados do colapso da lava que corre sob a superfície lunar) chamados de tubos de lava.

Concepção artística de como seria um acampamento em solo lunar, erguido sobre túneis de lava (Fonte: ESA/Divulgação)

"Mapear e explorar esses tubos nos daria mais conhecimento sobre a geologia da Lua, além de possibilitar que eles se tornem uma opção interessante de abrigo para futuras missões permanentes. Tubos de lava podem proteger os astronautas da radiação cósmica e de micrometeoritos, além de, possivelmente, serem um acesso à água gelada e a outros recursos presos no subsolo", explica o diretor do Pangaea, curso da ESA criado para treinar astronautas em geologia planetária, Franceso Sauro.

Além de abrigo, comunicação é essencial

Para que haja a possibilidade de missões se estabelecerem na Lua, são preciso ideias para a infraestrutura a ser montada tendo em mente o aproveitamento dessas cavernas lunares. Além da capacidade de mapear as cavernas, é preciso pensar em meios de acessá-las e de se movimentar por elas. Além disso, será preciso implantar uma linha de comunicação para o exterior, além de instalar todo o equipamento necessário para o estudo científico do ambiente no subsolo lunar.

Os projetos podem ser oferecidos à ESA através da Plataforma de Inovação em Espaço Aberto (OSIP). Ela está aberta tanto a profissionais como empresas que queiram colaborar com os especialistas da agência espacial.

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