Dias após as comemorações pelos 50 anos do pouso da Apollo 11 na Lua e a um custo menor que o do filme Interestellar (US$ 145 milhões, US$ 20 milhões a menos), levantou voo nesta terça-feira (20) a missão Chandrayaan-2, que pretende inscrever a Índia no seleto clube de países que já desceram na Lua (EUA, Rússia e China). Eram 6h13m no Brasil quando o foguete levantou voo do Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, sudeste do país. Algumas horas depois, trocava uma órbita cujo centro era a Terra por uma ao redor da Lua.
A Índia está usando seu foguete mais poderoso, o Veículo de Lançamento de Satélite Geossincrônico Mark III (GSLV Mk-III, menor e mais leve que o Saturno V das missões Apollo). Além dele, a missão inclui um módulo orbital e um de alunissagem (o Vikram) e o rover Pragyan, movido a energia solar.
O Chandrayaan-2 está agora em órbita lunar entre 114 km e 18.072 km de altura. Até o dia 1 de setembro, quatro manobras vão permitir que a nave fique a 100 km da superfície da Lua. No dia seguinte, o módulo de alunissagem Vikram vai se separar do módulo orbital para entrar em uma órbita entre 100 km e 30 km e, então, descer na região polar sul da Lua entre duas crateras, Manzinus C e Simpelius N, no dia 7 de setembro.
Busca por água e minerais
Devido ao atraso na comunicação por conta da distância, o controle da missão não poderá ajudar muito. O Vikram estará no piloto automático, e um computador vai disparar os propulsores e dirigir o módulo com segurança para baixo. "Ele estará por conta própria", disse o porta-voz da ISRO, Vivek Singh. Se o pouso acontecer, o pequeno Pragyan vai se aventurar pela superfície lunar, buscando água e coletando amostras em busca de hélio-3, que se acredita ser uma fonte de energia, além de medir tremores na superfície da Lua.
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