Quem é trekkie já se acostumou àquelas imagens de naves da frota estelar sendo construídas na órbita da Terra. A Archinaut One tornará isso real ao ser mandada ao espaço em 2022, graças ao contrato (no valor de US$ 73,3 milhões) assinado entre a NASA e a empresa Made in Space.
A nave-robô, depois de lançada a bordo de um foguete e ao chegar ao ponto determinado, imprimirá em 3D dois eixos de 10 metros cada. Uma vez totalmente estendidos, eles soltarão dois painéis solares, que fornecerão à espaçonave cinco vezes mais energia do que os dispositivos hoje usados em missões no espaço.
A Made In Space, em 2017, imprimiu com sucesso vigas estruturais em 3D em uma câmara de vácuo térmico no Ames Research Center da NASA, no Vale do Silício (Califórnia). Ficou provado que o equipamento de impressão e seu respectivo hardware podem suportar a pressão, a temperatura e os demais rigores do espaço. O desafio agora é enfrentar a falta de gravidade sem apoio humano, se as coisas derem errado.
Impressão 3D a bordo da ISS
O contrato firmado é a segunda fase de uma parceria entre a Made in Space e a agência espacial americana: desde 2016, a impressão 3D é usada na órbita da Terra, dentro da Estação Espacial Internacional (ISS), depois que a NASA enviou, a bordo de uma missão da SpaceX, uma impressora para a produção de ferramentas e peças de reposição.
Se bem-sucedida, a experiência abrirá novas perspectivas quanto à construção de naves espaciais em órbita. O uso de naves robóticas como a Archinaut One permitirá a impressão e montagem de antenas de comunicações no espaço, telescópios espaciais de grande escala e outras estruturas complexas; pequenos satélites poderão implantar no espaço grandes sistemas de energia e refletores atualmente reservados para satélites maiores; a carga levada por missões de abastecimento diminuiria; e o uso de naves robôs em tarefas atualmente concluídas por astronautas evitaria o risco inerente aos passeios espaciais.
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