A NASA pretende enviar o Deep Space Atomic Clock, um relógio atômico que funciona como dispositivo de navegação, para o espaço no próximo dia 24 de junho. A ferramenta tem o tamanho de uma torradeira e ficará no satélite Orbital Test Bed. Ele acompanha outros satélites que irão a bordo do foguete SpaceX Falcon Heavy.
Atualmente, a navegação das naves espaciais depende de calcular a posição desde a Terra e enviar os dados para o espaço. Na prática, isso significa que as informações precisam ser mandadas nosso planeta pela nave e devolvidas para ela, em um processo que pode levar minutos ou horas. Além da demora, outra limitação é que as direções que a nave deve seguir ainda dependem da Terra, sendo um problema para que astronautas cheguem a outros planetas, por exemplo.
(Fonte: Pexels)
O relógio atômico atua justamente sobre esses dois problemas. A tecnologia permite saber a localização da nave com base no tempo decorrido e na direção do sinal sem precisar dos dados terrestres para isso. Caso o teste de 1 ano na órbita da Terra seja bem-sucedido, a expectativa é de que os astronautas consigam usar o relógio atômico como um "GPS espacial", permitindo navegar de forma precisa na superfície da Lua ou ir até Marte.
De acordo com o chefe da equipe de pesquisa do relógio atômico, Todd Ely, o dispositivo possibilita ter navegação guiada por rádio a bordo da nave. Combinada com a navegação visual, os astronautas podem fazer percursos de forma mais precisa e segura.
A NASA vai manter o relógio atômico em fase de testes até descobrir se ele consegue permanecer estável enquanto está em órbita. No caso de tudo funcionar bem, o dispositivo deve ser utilizado nas missões espaciais por volta de 2030.
Assista ao lançamento
Para quem estiver interessado em ver com os próprios olhos a história sendo construída, dá para assistir ao lançamento do relógio atômico por meio do streaming da NASA.
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