Um dos paradoxos mais famosos da física quântica é o do Gato de Schrödinger, desenvolvido pelo físico austríaco Erwin Schrödinger em 1935 e usado até hoje para ilustrar o conceito de superposição, que seria a capacidade de dois estados opostos existirem ao mesmo tempo.
A ideia de Schrödinger se baseia na experiência de um gato colocado dentro de uma caixa lacrada com uma fonte radioativa e um veneno, o qual seria ativado se um átomo da substância radioativa se desintegrasse; dessa forma, até que se abra a caixa (ponto de observação) o gato estará ao mesmo tempo vivo e morto. Ao abrir a caixa, o gato muda abruptamente o seu estado quântico aleatoriamente, forçando-o a estar vivo ou morto. Tal movimento se chama salto quântico.
Esse paradoxo ressalta a imprevisibilidade da física quântica. O salto quântico é a mudança discreta, não contínua e aleatória no estado quando observada, e foi exatamente esse salto que os cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, conseguiram prever e manipular.
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Para antever o salto quântico, os pesquisadores contaram com átomos artificiais chamados qubits, as mesmas partículas utilizadas na infraestrutura básica de informação em computadores quânticos. Com um gerador de sinais de micro-ondas para irradiar o átomo e encerrado em uma cavidade 3D feita de alumínio, além de detectores de fóton, eles conseguiram prever o salto quântico, pará-lo e reverter a transição, provando que a atividade, apesar de aleatória, pode ser monitorada.
Podemos comparar os saltos quânticos de um átomo com a erupção de um vulcão: são imprevisíveis a longo prazo, porém, com a supervisão correta, é possível detectar um aviso antecipado de um desastre iminente e agir antes que aconteça.
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