Um grupo de seis pesquisadores da NASA, quatro homens e duas mulheres, terminou no último domingo (17) uma “estadia simulada” em Marte que durou oito meses. O objetivo dessa missão era observar o comportamento humano em longas estadias no espaço para que, na década de 2030, a agência espacial norte-americana possa selecionar um grupo de astronautas para visitar o Planeta Vermelho de fato.
No experimento, o grupo ficou confinado a uma redoma de 111 m², espaço equivalente a uma casa ou apartamento mediano com dois quartos. Os aposentos de cada indivíduo tinham espaço bem limitado, e a redoma ainda contava com um banheiro, uma cozinha e um laboratório.
O local escolhido para o experimento foi o pé de um vulcão no Avaí, onde existe uma grande planície que se assemelha ao solo marciano. Sempre que precisavam sair, os pesquisadores utilizam trajes pressurizados, mas nunca faziam isso sozinhos.
O grupo que participou do experimento da NASA
Para deixar a experiência mais realista, toda a comunicação com o “mundo exterior” tinha atraso de vinte minutos
Toda a comunicação entre eles era monitorada, incluindo sensores presos ao corpo para avaliar níveis de estresse e sinais vitais. Para deixar a experiência mais realista, toda a comunicação com o “mundo exterior” tinha atraso de vinte minutos para simular o delay sofrido no transporte de informações entre a Terra e Marte.
A NASA investiu US$ 2,5 milhões nesse projeto, vai ajudar a agência a traçar perfis psicológicos adequados para a seleção de astronautas que deve ocorrer nas próximas décadas. Ainda assim, não existe a expectativa de encontrar a equipe perfeita. “Pelo menos nós aprendemos que, mesmo entre as melhores equipes, o conflito vai sempre surgir. Portanto, é importante ter uma tripulação que, tanto como indivíduos quanto como grupo, seja bem resiliente, capaz de observar um conflito e superar isso”, explicou Kim Binsted, um dos líderes do experimento, à Business Insider.
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