A fabricante chinesa ZTE foi multada pelo governo dos Estados Unidos em até US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 3,74 bilhões) por descumprir um acordo comercial e vender tecnologias norte-americanas para o Irã.
Os EUA têm uma sanção comercial pesada em relação ao Irã, e qualquer troca comercial deve ser realizada com a devida autorização. A ZTE confirmou que enviou para lá produtos pela própria fabricante ou via terceiros que continham tecnologias feitas ou licenciadas pelos norte-americanos desde 2010.
O valor a ser pago envolve US$ 900 em multas pelas acusações (violação de leis de exportação, falso testemunho e obstrução da Justiça) e mais US$ 300 milhões que ficam de "garantia" por sete anos — e que serão descontados caso a ZTE volte a descumprir o acordo. Executivos de altos cargos na fabricante garantiram anteriormente que o comércio com o Irã havia cessado, mas a declaração se provou falsa com o aprofundamento das investigações.
Pode não ser tão ruim
A ZTE é uma marca forte não só de smartphones, mas também de equipamentos de rede e infraestrutura, e marca presença com esses serviçios em diversos mercados da Ásia. Além do Irã, a ZTE foi acusada de fazer até 283 envios de equipamentos que incluem roteadores, microprocessadores e servidores para a Coreia do Norte — outro país extremamente fechado e que também não mantém relações comerciais com os EUA.
Como a ZTE concordou com o pagamento da multa e até admitiu o erro a partir de uma declaração do CEO Zhao Xianming, pode ser que a marca não fique com a imagem tão suja assim. Ela conseguiu um acordo para deixar de figurar a "lista negra" das companhias no país e continuar os acordos de importação e exportação de tecnologias com países que não tenham barreiras comerciais com os EUA.
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