A Sony acaba de colocar sua terceira geração de relógios inteligentes ao mercado brasileiro — você pode conferir as análises que fizemos das versões anteriores aqui e aqui. Este é o primeiro dos aparelhos da companhia a surgir com o sistema operacional Android Wear e o preço sugerido pela fabricante para o mercado brasileiro é de R$ 1.299. Mas será que vale a pena o investimento?
Nós utilizamos o aparelho por vários dias para que pudéssemos analisar o que existe de bom e o que poderia melhorar no Sony SmartWatch 3. Conferimos tudo o que ele oferece aos consumidores e descobrimos se a fabricante acertou para conquistar os usuários de todo o mundo. Confira nossas impressões agora mesmo!
Design
Já à primeira vista, é possível notar que o design sóbrio continua sendo um dos grandes atrativos do SmartWatch, que não apresenta bordas muito chamativas nem pulseiras coloridas — o que é importante para manter fiel o seu público principal, composto por executivos e outros profissionais.
Mesmo assim, é preciso mencionar que as dimensões dele podem ser um pouco incômodas, principalmente para quem tem o pulso mais fino. Uma vez que ele traz uma estrutura relativamente grande, consumidores que se encaixem no perfil recém-descrito podem sentir que o dispositivo “sobra no braço”, por exemplo.
Por outro lado, o tamanho do produto permite que os usuários façam utilizações fluidas e com bastante facilidade, uma vez que não há tanta limitação de espaço. Isso é bem interessante para quem precisa controlar as funções com liberdade e não quer ficar lutando contra bordas próximas.
Tela
Partindo para a tela de 1,6 polegada, existe um ponto em que o SmartWatch 3 ganha muitos pontos: o display transflectivo. Ele garante ótima visualização mesmo em ambientes de alta luminosidade. Na luz do sol, por exemplo, ele permite que as imagens sejam percebidas sem qualquer dificuldade.
É claro que não podemos deixar de falar também sobre a baixa resolução do componente, mas é na pouca vibração das cores que fica a maior crítica. Ela pode fazer com que muitos elementos pareçam opacos e pouco modernos, principalmente se compararmos aos resultados obtidos em aparelhos com tela AMOLED.
Recursos do aparelho
Em questão de funcionalidades oferecidas pelo Sony SmartWatch 3, muitos dos elogios são pelo ótimo aproveitamento das possibilidades trazidas pelo Android Wear. Nisso estão incluídos os novos comandos por meio de gestos para acesso às notificações, que garantem a visualização de mensagens e outros alertas sem necessidade do uso das duas mãos, por exemplo.
Além disso, o GPS independente do SmartWatch permite que o rastreamento de atividades físicas ou navegações em mapas sejam feitos mesmo sem a presença do celular, o que é ideal para esportistas — que podem sair para fazer exercícios e deixar o celular em casa, fazendo a sincronização depois. Com a rede WiFi, também é possível fazer a conexão remota entre os dispositivos.
Porém, é preciso deixar claro que o relógio da Sony ainda está longe de ser autônomo. Assim como acontece com vários outros aparelhos do segmento, a utilidade do SmartWatch 3 depende muito dos smartphones aos quais ele está conectado. Ou seja: sem os aplicativos instalados no celular, o aparelho fica limitado demais.
É somente com as conexões ao aparelho celular que as funções mais complexas do SmartWatch ficam disponíveis para os consumidores, incluindo o controle de notificações, aplicativos de mídia e produtividade. Também é preciso ter em mente que a quantidade de funções do relógio fica inteiramente ligada à instalação de apps e alguns perfis de usuário dificilmente serão abrangidos por enquanto.
Sensores disponíveis
Como já dissemos, o aparelho conta com GPS autônomo e isso é realmente incrível para os relógios inteligentes. Acelerômetro, giroscópio, bússola e sensor de luz também são bem interessantes para garantir que os comandos por gestos sejam feitos com qualidade — e também para economia de energia, no caso do sensor de luminosidade.
Apesar de o SmartWatch 3 da Sony não ter sido desenvolvido para o mercado Fitness, a ausência de um sensor de batimentos cardíacos pode ser sentida por alguns consumidores, principalmente aqueles que enxergam nisso um grande diferencial nos produtos.
Bateria
Quando chegamos à bateria de 420 mAh, a Sony promete autonomia para até dois dias de uso moderado. Isso significa que, em teoria, ele pode ser usado sem problemas por até 48 horas — logicamente, isso não significa que a tela estará ligada durante todo o tempo. Porém, nossos testes retornaram algumas disparidades nisso.
Observamos que essa grande autonomia só é possível com o relógio desconectado — nesse caso, menos de 15% são reduzidos num período de 12 horas. Porém, com a utilização do aparelho ligado a smartphones e com as funcionalidades avançadas, em menos de 24 horas a bateria já estava esgotada e demandando uma nova recarga.
Vale a pena?
Como já dissemos, o preço sugerido do aparelho no Brasil é de R$ 1.299. O valor não está alto para o mercado brasileiro, sendo condizente com o cenário atual dos wearables. Porém, antes de adquirir o aparelho é preciso ter certeza se os aplicativos que você mais usa possuem extensões para o Android Wear.
Caso contrário — levando em conta que você procura algo mais fitness ou que seja interativo para games e navegação, por exemplo —, ele poderá se tornar apenas um caro controle remoto para seu celular. Nessas situações, o Sony SmartWatch 3 certamente não seria uma boa opção para você.
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