Na quarta-feira (7), o TecMundo teve a chance de fazer uma visita à sede da Xiaomi, em São Paulo, para conferir em primeira mão um pouco do aguardado Redmi 2 Pro – que recebeu da fabricante e de seus Mi Fãs o apelido de “monstrão”. Trazendo como destaque um espaço maior de armazenamento (16 GB) e uma quantidade bem mais generosa de memória (2 GB), o novo aparelho da empresa chega em terras brasileiras nesta quinta-feira (8) com a missão nada fácil de bater – ou pelo menos igualar – o sucesso do seu irmão mais velho.
Como pudemos brincar com os dois dispositivos ao mesmo tempo, a primeira coisa que chama atenção é o fato de que tanto o Redmi 2 original como sua versão mais nova são idênticos. Quando comparados em quesitos como formato, peso e design, é impossível distinguir um do outro – pelo menos se você não se embrenhar no menu com as especificações mais detalhadas do equipamento. Nada mais natural, afinal essa edição turbinada compartilha praticamente o mesmo hardware do celular lançado há exatos três meses no Brasil. Confira:
Especificações técnicas
- Tela: IPS de 4,7 polegadas (com proteção AGC Dragontrail Glass)
- Resolução de tela: HD (1280x720 pixels)
- Sistema operacional: Android com MIUI 6
- Processador: Snapdragon 410 (64 bits) quad-core de 1,2 GHz
- GPU: Adreno 306
- Memória RAM: 2 GB (LPDDR3)
- Armazenamento interno: 16 GB
- Armazenamento externo: cartões micro SD de até 32 GB
- Câmera traseira: 8 MP (com abertura f/2.2)
- Câmera frontal: 2 MP
- Bateria: 2.200 mAh
- Peso: 133 gramas
- Dimensões: 67 mm de largura x 138 mm de altura x 9,4 mm de espessura
- Preço: R$ 729
Desempenho de família
Durante o hands-on do Redmi 2 Pro, pudemos perceber que a configuração competente combinada ao uso da MIUI 6 faz com que a experiência com o aparelho seja extremamente fluida na navegação pelos menus ou iniciando aplicativos de uso rotineiro. Aliás, para quem só usa o celular para conferir email, visitar sites e brincar nas redes sociais, a diferença para o modelo anterior da empresa é quase imperceptível.
Claro que os 2 GB de memória ajudam na hora de manter diversas abas abertas no navegador ou quando é necessário ficar alternando entre múltiplos apps, mas, no geral, é preciso prestar bastante atenção para sentir um ganho considerável sobre a versão original do produto. Mesmo em testes sintéticos, como o AnTuTu, a diferença de tempo na execução do benchmark fica na casa dos segundos, ao mesmo tempo que o placar final fica com uma vantagem de cerca de 400 pontos para o novo dispositivo.
Redmi 2 na esquerda, Redmi 2 Pro na direita.
No fim, isso pode mostrar que a ROM da Xiaomi – desenvolvida em cima do Android KitKat 4.4.4 – é bastante otimizada para fazer o smartphone funcionar bem mesmo se o sistema for mais humilde em questão de hardware. A tendência é que a diferença para uso diário fique ainda menor com o lançamento da MIUI 7, que chega em 16 de outubro e, teoricamente, otimiza bem a performance de gadgets com 1 GB de RAM.
Com relação aos jogos, a nova quantidade de memória é muito bem-vinda, principalmente para títulos pesados e que utilizem uma boa parcela de processamento do conjunto de CPU e GPU. Correndo pelas pistas virtuais de Asphalt 8: Airborne, pudemos perceber que o Redmi 2 Pro tem um desempenho de respeito quando comparado ao dispositivo mais antigo. Embora o Redmi 2 tradicional lidasse bem com o título, no novo aparelho somem alguns engasgos e as quedas de frames são bem reduzidas.
Finalmente, (bem) mais espaço
Palmas para o espaço disponível.
Se a turbinada na RAM influencia apenas ações pontuais, a melhoria no armazenamento é gritante e sentida em pouco tempo por qualquer aficionado pelo universo mobile. Com aplicativos tidos como “essenciais” multiplicando de número a cada dia e games de ponta chegando a ocupar bem mais de 1 GB de espaço no aparelho, o salto para 16 GB em disco é mais do que bem-vindo.
No Redmi 2 – assim como em outros itens com 8 GB de armazenamento –, é preciso pensar direitinho o que você quer manter instalado e o que precisa ser deletado depois de um tempo. Já no mais novo lançamento da Xiaomi, por exemplo, o sistema limpo disponibiliza mais de 10 GB para que o usuário possa testar tudo o que der na telha, sem se preocupar tão cedo em fazer uma seleção mais apurada de conteúdo.
Custo e surpresas nem tão agradáveis
Claro que as especificações de espaço em disco e memória mais robustas chegam com um preço: R$ 729 à vista ou R$ 799 no boleto bancário. O número, em um primeiro momento, dá a impressão de estar em um patamar totalmente diferente do seu modelo mais humilde, mas os executivos da empresa no Brasil mostram que, quando se coloca tudo no papel, fica difícil argumentar que não se trata de um valor bem adequado para o conjunto.
“O Redmi 2 Pro é a melhor oferta da categoria atualmente no país: por R$ 729, o usuário leva um aparelho de 2GB de RAM, 16 GB de armazenamento, dual SIM e com 4G nos dois slots”, analisa Leo Marroig, diretor geral da Xiaomi para a América Latina. “Conseguimos trazê-lo com configuração e preço imbatíveis para o mercado brasileiro, apesar da alta do dólar e do atual cenário econômico”, complementa Hugo Barra, vice-presidente internacional e o rosto da empresa chinesa no Brasil.
Qual será o futuro dessa dupla?
Como aparelhos com hardware semelhante – e sem o 4G duplo – estão sendo oferecidos por cerca de R$ 899, o produto se torna mais tentador, principalmente se você não estiver vindo do Redmi 2. Isso quer dizer que se você não ligar tanto para os upgrades da versão Pro, ainda vale investir no modelo antigo? Com toda certeza. O problema é que qualquer um que queira o celular lançado em julho deste ano vai precisar desembolsar uma grana extra para fazer a compra – afinal o item está esgotado no site da fabricante.
Sem estoque do Redmi 2 na loja virtual desde a semana passada, a Xiaomi informou que o produto não deve ser reposto tão cedo, já que a empresa deve se focar por enquanto nas vendas da edição Pro. Isso faz com que, graças a uma parceria firmada no final de setembro, a Vivo seja a única empresa comercializando o celular no país – colocando o gadget à disposição dos clientes nas 315 lojas físicas da companhia em solo nacional.
Para levar por menos, é preciso consumir (e gastar) mais.
O detalhe é que, enquanto os planos pós-pagos da operadora podem oferecer o dispositivo por até R$ 249 – mais mensalidades de R$ 169,99, no caso do SmartVivo 2GB –, o aparelho pré-pago, igual ao ofertado até então por R$ 499 na página da fabricante, sai por nada agradáveis R$ 679. O valor praticamente obriga o consumidor interessado pela marca a migrar de vez para a versão mais robusta do smartphone ou, quem sabe, se comprometer com algum dos pacotes de voz e dados disponibilizados pela Vivo. Achou justa a passagem de bastão do Redmi 2 para o Redmi 2 Pro?
Confira nosso hands-on do Redmi 2 Pro e a comparação com o Redmi 2. Comente sobre o aparelho no Fórum do TecMundo!
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