Com um valor estimado em cerca de US$ 46 bilhões após apenas 6 anos de existência, a trajetória meteórica da Xiaomi a tornou a sexta maior fabricante de smartphones do mundo e uma das empresas mais faladas da atualidade. Usando uma estratégia própria, a empresa tomou o primeiro lugar das mãos da Apple dentro da China e vem repetindo seu sucesso nos países em que resolve atuar.
Embora a ideia de ignorar – ao menos inicialmente – mercados grandes como o dos Estados Unidos possa parecer algo que não faz muito sentido, o plano da companhia de se concentrar primeiro em nações emergentes vem dando bastante certo. Além de marcar uma forte presença na China, Indonésia e Índia, os eventos de lançamento realizados pela empresa no Brasil também receberam uma demanda avassaladora, consumindo os estoques rapidamente.
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Posted by Mi Brasil on Terça, 11 de agosto de 2015
Enquanto reforça sua presença nesses países, a Xiaomi se prepara para encarar o restante do competitivo sudeste asiático. Conversando com o CNET, o gerente geral da companhia na região, Steve Vickers, falou sobre como a empresa pretende encarar seus rivais. “É um grande mercado para nós, com mais de 600 milhões de pessoas”, destaca o executivo, afirmando que alguns países da área devem receber cobertura “no futuro próximo”.
Subindo a montanha
Hoje, estudos revelam que o sudeste asiático conta com países que não somente têm uma grande adoção de smartphones, mas que muitas vezes chegam a descartar os PCs em prol dos celulares e do e-commerce móvel. Somando-se a isso está o fato da região conter cerca de um sexto da população mundial, o que abre espaço para que não somente gigantes como Apple e Samsung se deem bem, mas também competidores como Oppo e Huawei.
Com isso em mente, a Xiaomi terá que encarar uma disputa bastante acirrada para ganhar destaque naquele canto do mundo. “Quando começamos com os lançamentos em países como Singapura e Malásia, havia uma quantidade considerável de hype e ansiedade, mas isso logo se acalmou ou desacelerou rapidamente nos trimestres subsequentes”, afirma Tay Xiaohan, um analista da IDC Asia.
Segundo Vickers, esse fato se deve à falta de canais apropriados de varejo na região. Como a companhia vende a maioria de seus produtos por meio do comércio digital, o fato do e-commerce estar “em sua infância” em boa parte da área se torna um empecilho. Como a Xiaomi não costuma usar vendedores terceirizados e raramente faz parcerias com operadoras, a população de grandes partes dos países em questão fica incapaz de adquirir um de seus aparelhos.
Ainda assim, o executivo mantém a confiança de que a empresa tem bons prospectos na região. De acordo com Vickers, o comprometimento da Xiaomi com o modelo baseado no e-commerce continuará, já que ele acredita que é apenas uma questão de tempo até o sudeste da Ásia alcance o resto do mundo nesse aspecto.
Leque de oportunidades
Outra estratégia que Vickers está considerando é a expansão da linha de produtos oferecidos pela companhia. Embora na maioria dos mercados a empresa se limite a vender celulares, power banks e alguns acessórios, na China a Xiaomi conte com opções extremamente diversificadas, incluindo roteadores, smartbands, purificadores de água, tênis inteligentes e até mesmo uma smart TV 3D Full HD de baixo custo.
O executivo diz ainda seu time frequentemente recebe perguntas sobre a Mi TV e afirma que o aparelho deve ser levado para o sudeste asiático, mas que ainda há algumas barreiras que precisam ser superadas antes disso. “Na China, se você observar a nossa oferta, [verá] que é uma televisão com conteúdo, então gostaríamos de trazer esse material também”, explica. Se a empresa vai conseguir executar esse plano ou não, só o tempo dirá.
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