A Xiaomi conseguiu se tornar uma das maiores fabricantes de smartphones do mundo com uma estratégia de vendas que tem desafiado empresas como Samsung e Apple na Ásia. A empresa chinesa já é a que mais vende em sua terra natal e tem planos para expandir sua atuação gradativamente. Mas o que de fato faz o sucesso da Xiaomi? Basicamente, preço muito baixo e qualidade muito alta.
Essa equação parece não dar um resultado lógico porque não estamos acostumados com esse tipo de estratégia. No Brasil, e no restante do ocidente, as fabricantes de smartphones gastam muito com distribuição e publicidade. A Xiaomi simplesmente se recusa a gastar um centavo que seja nessas duas frentes e, com isso, consegue vender smartphones de boa qualidade por preços realmente abaixo do mercado.
Distribuição
No caso da distribuição tradicional, uma fabricante qualquer tem que passar seus produtos para dois ou três níveis de revendedores que querem lucro. Assim, quando o aparelho chega ao consumidor final, ele está caro. Os acordos das fabricantes normalmente implicam em manter um preço tabelado, assim a loja oficial da marca tem que vender os smartphones tão caro quanto os distribuidores para que não aconteça a “concorrência desleal”.
Publicidade
Os milhões de dólares que a Samsung gasta em publicidade são completamente revertidos no preço de seus aparelhos. A coreana é a companhia que mais gasta com propaganda no setor e, por isso, mesmo aparelhos intermediários da marca não são tão baratos quanto os top de linha da Xiaomi na China.
Como a empresa não gasta com publicidade e não sofre com preços tabelados de distribuidores, todos os seus aparelhos são vendidos na sua loja online. Com isso, uma grande economia é feita e a companhia tenta repassar isso para o valor que o cliente paga. No caso da publicidade tradicional, a empresa usa as redes sociais para tornar seus aparelhos conhecidos e se aproveita do “boca a boca” para melhorar sua reputação na China e em outros mercados onde já atua.
E no Brasil?
Na Ásia, essa postura da Xiaomi funciona muito bem e tem rendido muitos bons frutos para a empresa. Mas será que eles conseguirão replicar esse modelo quando chegarem ao Brasil? Já existe um grande burburinho acerca da chegada da marca por aqui, e isso pode ajudar a empresa se tornar conhecida nas redes sociais. Mas será o suficiente para começar com o pé direito? Só o tempo dirá.
A Xiaomi espera começar sua atuação no ocidente através do Brasil já na primeira metade de 2015. Nenhuma expectativa de preço foi dada até o momento, entretanto, mas é possível imaginar que eles só serão tão baixos quanto na china caso os dispositivos sejam fabricados nacionalmente. Nesse caso, a empresa já poderia estar contratando empresas como a Foxconn e outas para produzirem seus produtos no Brasil.
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