(Fonte da imagem: Reprodução/Twitter)
A conta oficial do Windows Phone no Twitter apareceu há alguns dias com a seguinte proposta para os seus seguidores: “Você tem alguma história de horror envolvendo malwares no Android? Responda com as suas melhores/piores histórias incluindo #DroidRage, e talvez nós tenhamos um presente para você”.
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Entretanto, pode-se dizer que a audaciosa campanha publicitária não saiu exatamente como deveria. De fato, não é muito fácil encontrar histórias que realmente tratem de malwares no Android — um tema naturalmente controverso, vale dizer. Na verdade, grande parte dos comentários preferiu fazer troça com a proposta da Microsoft. Eis alguns bons exemplos (em tradução livre para o português):
“Uma vez eu pensei em desenvolver um malware para o Windows Phone, mas então eu pensei: eles já não estão sofrendo o suficiente?“ (Mohammad Tarakiyee)
“O guru do marketing que apareceu com a #DroidRage trabalha secretamente para a Google.” (Adam Viniecki)
“Eu odeio quando o meu Android trava, mostrando a ‘tela azul da morte’. Mas espere, esse não é um problema do Android, então de quem será?” (Mike Basinger)
“Eu tentei enviar um malware para a Play Store, mas ele foi automaticamente rejeitado.” (Lord Andrew)
O peso de um longo histórico
Desnecessário dizer, mas o longo histórico do Windows com malwares parece mesmo ter sido um dos principais responsáveis pelo tiro pela culatra da campanha #DroidRage. Mas não deve ser apenas isso.
Na verdade, a impressão que fica é que concorreram para a “bola fora” da companhia pelo menos dois fatores. Em primeiro lugar (e não há como negar), certo sentimento religioso que parece tomar boa parte dos partidários de alguma tecnologia hoje (e sempre, na verdade). Isso não tem como evitar — faz parte da proposta mercadológica da coisa toda.
Entretanto, o mais relevante ainda pode ser resumido com uma pergunta: tamanha agressividade descarada era mesmo necessária? Santos não fazem publicidade, é claro. Porém, uma boa sacada de marketing deveria ser capaz de se mostrar efetiva, de “alfinetar”... Mas com sutileza. Sem perder a compostura.
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