Todo mundo sabe pelo menos duas verdades sobre a memória RAM. Para começar, elas são indispensáveis em qualquer computador. E, além disso, quanto mais memória instalada na máquina, melhor será o desempenho dela.
Mas um fator indispensável e que pouca gente leva em consideração é o gerenciamento de memória feito pelo sistema operacional (SO). Não basta ter muita RAM disponível em seu computador. O que torna a RAM realmente útil é a capacidade de uso que o SO faz dela. Isso significa que o Windows deve ser capaz de prever quais dados devem ser priorizados ou esquecidos de acordo com o contexto de uso da máquina.
Memória Física vs. Memória Virtual
Basicamente, o Windows trabalha com dois tipos de memória. O primeiro deles é a memória principal, também chamada de física. Ela é a quantidade de RAM instalada em sua máquina, os pentes de memória em si.
Já a memória conhecida como virtual é uma espécie de memória auxiliar, usada pelo computador em alguns casos especiais. Essa memória é nada mais do que um arquivo hospedado no disco rígido da máquina, e o Windows usa esse arquivo como se ele fosse uma extensão da memória principal.
Gerenciamento de memória
Há quem duvide, mas a verdade é que o Windows é bem esperto no que diz respeito ao gerenciamento de memória. Grosso modo, podemos dizer que ele “sabe”, por exemplo, o que deve ser enviado para a memória física e o que deve ser armazenado na virtual. Ao carregar na memória todos os softwares necessários para o bom funcionamento do sistema, o Windows respeita algumas regras.
A memória física recebe aquilo que o Windows considera essencial, como o próprio sistema operacional e as aplicações que o usuário estiver usando no momento. O restante, ou seja, aquilo que o Windows acredita que não será usado tão urgentemente, fica na memória virtual.
Em outras palavras, a memória virtual é um recurso essencial para o armazenamento de dados que não estão em uso, mas que devem ser recuperados com velocidade quando necessário. Essa memória também é usada pelo sistema quando se esgota, por completo, o espaço disponível na memória física. Nesse caso, a memória virtual acaba sendo uma extensão da memória principal.
Porém, existe uma desvantagem a ser levada em consideração. Lembre-se de que a memória virtual fica armazenada em um arquivo no disco rígido da máquina. E, como sabemos, o processo de leitura e escrita de dados no HD do computador é muito mais lento do que o equivalente em memória RAM.
Basicamente, isso explica por que o desempenho do computador melhora quando instalamos novos pentes de memória no PC. Quanto mais memória física disponível, menos provável é o uso extensivo da memória virtual.
Limitações do Windows 32 bits
Fonte da imagem: reprodução / Microsoft
Normalmente, o Windows (e outros sistemas operacionais) possui algumas limitações ao trabalhar com a memória RAM. Em tese, as versões 32 bits do sistema da Microsoft não reconhecem mais do que 4 GB de memória RAM instalada na máquina. Isso se deve ao fato de que cada endereço físico e virtual de memória armazenado pelo sistema deve possuir 32 bits. Com a conversão para números binários, esse número exato de bits faz com que ele não possa atribuir endereços para mais do que 4 GB.
Além disso, parte da memória precisa estar reservada para processos de hardware, então o sistema não pode dedicar toda ela aos endereços virtuais. Já os sistemas de 64 bits, como era de se esperar, possuem suporte para uma quantidade maior de RAM, pois possibilitam que os endereços virtuais sejam registrados em blocos de informação com o dobro de tamanho.
Mas a história não acaba por aqui. Também existe uma questão de mercado. O Windows 7, de acordo com o site da Microsoft, tem suporte para PAE, funcionalidade de alguns processadores que permite ao Windows 32bits acessar mais de 4 GB de RAM, podendo chegar a trabalhar com até 128 GB de memória física.
Porém, esse suporte para PAE não vem habilitado por padrão no Windows 7. A razão principal deve ser a compatibilidade, já que para usar o PAE, o usuário não precisa apenas do sistema operacional certo. Ele depende também que outros softwares importantes do sistema tenham suporte a essa função, como os drivers. Sem falar do hardware instalado na máquina, já que nem todos os processadores possuem esse recurso.
Portanto, comprar a versão 64 bits do Windows ainda é a maneira mais fácil de fazer com que o seu sistema trabalhe com mais de 4 GB de memória RAM.
Saiba mais sobre esse assunto lendo o artigo publicado anteriormente pelo Tecmundo!
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