Um grupo de advogados russos fez uma denúncia ao órgão local equivalente ao nosso Ministério Público contra a Microsoft. O pedido é para que o Windows 10 seja banido da Rússia por conta da suposta espionagem feita pela desenvolvedora com seu novo sistema operacional. De acordo com eles, o SO estaria coletando dados do usuário indevidamente, o que seria contra a legislação do país.
O grupo de advogados pertence à firma Bubnov and Partners, sediada em Moscou. Para eles, o SO age de forma ilícita por coletar dados e metadados sobre localização, histórico de navegação, senhas, partes de mensagens instantâneas, agendas e até gravações de voz.
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De acordo com o periódico russo The Moscow Times, um porta-voz da Microsoft na Rússia não quis comentar o caso. Contudo, antes dessa denúncia em específico, uma outra já tinha sido feita uma semana antes e com o mesmo embasamento legal. Ainda assim, não se sabe se os investigadores vão levar isso para a justiça ou se a denúncia não será processada.
Outros casos
Essa também não é a primeira polêmica envolvendo as opções de privacidade do Windows 10. Já existem vários programas desenvolvidos especialmente para usuários desativarem esses itens sem muito esforço. Isso porque, por padrão, todas as possibilidades de coleta de dados dos usuários já vêm ativas, inclusive para compartilhamento de senhas de redes WiFi.
Por conta dessa possibilidade de desativar esses recursos, a Microsoft já disse anteriormente que não viola a privacidade de seus usuários. Eles têm a escolha de não utilizarem os recursos e serviços que requerem a coleta de desses dados. A Cortana e o sistema de atualizações P2P da Microsoft são os elementos do SO que mais precisam de permissões de privacidade sensíveis.
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