A WikiLeaks divulgou mais ferramentas de vigilância de massa utilizadas pela Agência de Inteligência Civil dos EUA (CIA). Dessa vez, a ferramenta é um malware que pode monitorar a localização física de dispositivos via WiFi — nada de GPS aqui.
Conhecido internamente como ELSA, esse rastreador parece ser limitado apenas a sistemas operacionais Windows. Ainda, apesar dos documentos indicarem que a ferramenta funcionaria apenas com Windows 7, analistas indicam que a técnica é facilmente alterada para outras versões do sistema, como Windows XP, Windows 8 e Windows 10.
A CIA consegue monitorar um dispositivo mesmo que ele não esteja conectado em alguma rede WiFi; para funcionar, basta que a placa WiFi esteja operante
A implementação do malware também é bem fácil: segundo os doumentos, a CIA apenas precisa instalar o malware no sistema desejado. Isso pode ser feito de várias maneiras: phishing, invasão e até alguma intervenção física com pendrives.
Essa ferramenta usada pela CIA se chama "PATCHER Wizard", que gera um arquivo DLL e se baseia em geolocalizações fornecidas pela Google ou Microsoft, além da definição de variáveis 32 bit e 64 bit etc. Os documentos também revelam que a CIA consegue monitorar um dispositivo mesmo que ele não esteja conectado em alguma rede WiFi; para funcionar, basta que a placa WiFi esteja operante.
Ferramenta
Documentos
O vazamento de informações toca na questão da facilidade que o governo norte-americano tem de interagir com softwares e dispositivos móveis de cidadãos via agências e ferramentas hackers.
Nesta série, batizada de "Vault 7" pela WikiLeaks, a plataforma divulga o "maior vazamento de documentos oficiais da agência de inteligência dos Estados Unidos". Você pode ver tudo, na íntegra, clicando aqui — são mais de 8.760 arquivos.
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