Nintendo anuncia o Wii U

07/06/2011 às 13:49

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A Nintendo oficializou nesta terça-feira (7), durante a sua conferência na E3, o Wii U, nova geração de console produzido pela companhia. A novidade conta com um controle interativo que funciona como um console portátil, permitindo uma nova forma de interagir com o conteúdo mostrado na tela.

O Wii U – nome que sugere uma relação “nós e você” (soa como “we you” em inglês) – é, na verdade, a segunda versão do Nintendo Wii. Além de colocar a Nintendo numa nova geração, o console revela uma plataforma poderosa, capaz de aliar a diversão de jogos casuais com gráficos de alto potencial.

A companhia japonesa, contudo, não informou nenhuma data oficial de lançamento nem por qual preço o console será vendido. Tudo o que se sabe até o momento é que ele deve chegar às mãos dos consumidores apenas em 2012.

Apresentando o Wii U

(Fonte da imagem: Nintendo)

Interatividade total entre o console, o controle e a televisão. Essa parece ser a mais nova proposta da Nintendo com o anúncio do Wii U. O grande diferencial fica por conta do novo controle, uma espécie de tablet, com tela sensível ao toque, capaz de funcionar não apenas com o console, mas de forma independente.

O controle conta com duas câmeras, um frontal e outra traseira, permitindo com que os usuários conversem com seus amigos diretamente, utilizando apenas o controle. O funcionamento lembra muito o Face Time, recurso incorporado nas versões mais recentes do iPad e do iPhone.

Os jogos do atual Nintendo Wii também serão compatíveis com o novo console, e alguns deles ganharão recursos extras graças às novas possibilidades de interação. Utilizando a câmera traseira, por exemplo, o usuário poderá acionar comandos específicos no game, sugerindo mais precisão e novas possibilidades em termos de jogabilidade.

(Fonte da imagem: Nintendo)

Funcionando também de maneira independente, o novo controle permite que o usuário pause o jogo na televisão e mude de canal. Enquanto isso, você pode retomar tranquilamente a mesma partida direto na tela do controle, de maneira completamente alternativa à tela da TV.

Por si só, o controle do Wii U conta com funções de acesso à internet e videochamada, e também pode ser usado para desenhar, com a ajuda de uma stylus que acompanha o aparelho.

Grandes títulos

(Fonte da imagem: Nintendo)

Games de grande potencial gráfico, antes exclusivos apenas para PC, PlayStation 3 e Xbox 360, agora passam a fazer parte do acervo da Nintendo. Entre os títulos confirmados, destaque para Batman: Arkham City, Dirt 3, Darksiders 2, Tom Clancys Ghost Recon Online e Ninja Gaiden 3. Outro grande título, anunciado com entusiasmo pelo CEO John Riccitiello, foi Battlefield 3.

Segundo os executivos da companhia, a empresa pretende manter no mercado quatro plataformas: Nintendo DS, Nintendo 3DS, Wii e Wii U. O Wii U utilizará como mídia um formato proprietário de disco ótico, com o propósito de minimizar a pirataria.

O novo console tem 4,5 centímetros de altura por 26,6 de largura. A tela sensível ao toque tem proporção de 16:9, e o controle conta com bateria recarregável, acelerômetro e função rumble, além de microfone e caixas de som.

O Wii U tem saída de vídeo de até 1080p, sendo compatível com cabo HDMI e vídeo componente. O processador é um multicore desenvolvido pela IBM. O console terá uma memória Flash interna, podendo contar com o auxílio de cartões SD e dispositivos externos USB.

Primeiras impressões

Após a apresentação do Wii U, parte da imprensa internacional teve acesso ao video game e pode conferir, na prática, algumas das funcionalidades do console.O site VG 24/7 destacou que o formato do controle do aparelho é bastante similar ao antigo Game Boy, mas com o diferencial de ter uma tela touchscreen.

O controle é mais leve do que um iPad e se ajusta de maneira anatomica às mãos do jogador. Já a Wired destacou a experiência do jogador, foco maior da apresentação da Nintendo na tarde de hoje. Segundo a publicação, a demonstração foi um bom começo e mostra um futuro promissor para a plataforma.

O jornal inglês The Guardian foi mais receoso em sua avaliação. Para o jornalista Steve Boxer o controle é estranho e, em princípio, não substituirá outras alternativas tradicionais. Apesar disso, Boxer ressaltou que o novo formato de controle pode criar novas experiências e, caso os títulos sejam felizes na utilização da tecnologia, a ideia tem tudo para dar certo.