Na noite da última segunda-feira (5), uma família moradora da cidade de Santo André, em São Paulo, teve a sua casa invadida por quatro assaltantes, sendo um deles um menor de 15 anos. Porém, estes viram seus planos serem frustrados graças a uma mensagem enviada pelo WhatsApp por uma das moradoras da residência.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher aguardava o seu companheiro chegar do trabalho. O portão da garagem estava aberto, e foi ao se aproximar da residência que ele foi rendido pelo integrante mais novo do bando. Ao anunciar o assalto, este também alertou as vítimas para não fazer barulho e não deixar o cachorro latir.
Após esse ato, os outros três comparsas entraram na casa e começaram a juntar os objetos de valor que encontraram, colocando-os no carro da família em seguida. Foi nesse momento que a mulher encontrou tempo para mandar uma mensagem pelo WhatsApp para um grupo de familiares, alertando-os de que estava sendo assaltada. A polícia foi ativada, e estava no local 15 minutos depois.
Chegando à residência, os policiais relataram que foram recebidos com tiros. Três assaltantes fugiram pelos telhados das casas vizinhas, mas dois deles caíram na varanda da residência dos fundos e, apesar de o socorro ter sido ativado, ambos morreram no local. O menor de idade foi apreendido na manhã de ontem (6), e o quarto integrante do grupo continua foragido.
Colocando a vida em risco
O envio da mensagem pelo WhatsApp foi bem-sucedido e acabou salvando a família do assalto. Entretanto, falando ao site do Diário do Grande ABC, Jorge Lordello, especialista em segurança pública e privada, alertou para os riscos de tomar uma atitude como esta.
“Se você tiver uma chance de fazer isso e o marginal perceber, ele vai ficar muito mais agressivo, podendo até atirar. É diferente de outra situação, como no caso de a pessoa estar trancada no banheiro, percebendo que o familiar foi rendido. Tudo isso precisa ser ponderado, já que depois que a vítima é dominada há um grande risco em acionar alguém”, explicou Lordello.
Ele também mencionou que, nesse caso, o melhor a fazer é recorrer a aplicativos voltados para situações de perigo, que funcionam como um botão de pânico e enviam uma mensagem a um contato que esteja salvo no celular.
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