Palestra abordou esforços da W3C para se estabelecer melhor no território brasileiro (Fonte da imagem: Reprodução/W3C)
A conferência Web.br 2013 já está acabando. Para fechar a série de palestras sobre desenvolvimento, programação, privacidade e conectividade, três executivos brasileiros do consórcio W3C (assembleia de padronização de protocolos da open web) realizaram um keynote especial para comentar sobre as tendências que a rede seguirá no decorrer dos próximos anos.
O responsável por abrir o debate foi o especialista Reinaldo Ferraz, que trabalha há mais de 12 anos na área de desenvolvimento de aplicações para a web. O executivo recapitulou alguns pontos abordados na palestra Digital Publishing (saiba mais sobre ela neste link), afirmando que vai muito além do texto e possibilita a criação de conteúdos interativos muito mais interessantes para o usuário final.
Ferraz lembra ainda que o segmento de jornalismo foi um dos mais impactos com o advento das novas tecnologias. E é justamente para incentivar a produção de peças ainda mais criativas que a W3C se preocupa em criar ferramentas que melhorem a relação entre quem produz conteúdo e quem programa aplicativos, sites ou livros digitais.
Reinaldo fala sobre interatividade em publicações digitais (Fonte da imagem: Reprodução/NIC.br)
Usando dados de forma mais inteligente
Já a designer Yaso Córdova (atual developer relations da W3C Brasil) subiu ao palco para mostrar que “a web não serve apenas para criar sites, mas também para compartilhar experiências e informações. A executiva comentou sobre as maravilhosas possibilidades da coleta inteligente de dados e aplicação dos próprios para resolver problemas comuns em uma sociedade moderna.
Como exemplo, Córdova citou o Waze, famoso aplicativo de navegação via GPS que foi recentemente comprado pela Google. Usando informações de forma colaborativa e massificada, o serviço informa motoristas sobre as rotas com menos trânsito e dá dicas sobre como fugir de outros problemas variados na estrada – tudo em tempo real.
A palestrante também defendeu que os desenvolvedores se esforcem mais para usar todo o potencial da web para criar formas de entretenimento mais elaboradas. Graças a padronização oferecida pelo HTML5, por exemplo, fica muito mais fácil criar jogos divertidos e que sejam compatíveis com uma grande gama de dispositivos eletrônicos.
Waze é um exemplo de coleta e distribuição inteligente de dados para resolver problemas da comunidade (Fonte da imagem: Divulgação/Waze)
A web não para de evoluir
E por falar em HTML5, a desenvolvedora fron-end Vanessa Tonini iniciou sua apresentação informando que a linguagem já é a terceira mais utilizada no mundo inteiro para criação de apps mobiles. Apreciando essa recepção positiva, a W3C constituiu uma série de grupos de estudo voltado para programadores interessados em criar para smartphones e tablets. Há, inclusive, pesquisas técnicas voltadas especialmente à análise de SOs móveis baseados em web (como o aclamado Firefox OS, lançado recentemente pela Mozilla).
A executiva afirma ainda que o HTML 5.1 já está sendo desenvolvido com foco em melhorias na acessibilidade, design responsivo e proteção de conteúdos (DRM). Sobre este último assunto, Tonini afirma: “Estudem o que o DRM realmente propõe. Muita gente está odiando o conceito só porque os seus amigos estão odiando também”.
Por fim, Vanessa comenta sobre os esforços da W3C em oferecer uma representação maior no território brasileiro, inclusive trazendo para cá alguns dos eventos e encontros que ocorrem periodicamente em outros países ao redor do mundo. Quantos aos cursos online oferecidos pelo consórcio (que atualmente estão disponíveis somente na língua inglesa), a executiva adverte: teremos boas surpresas em breve. Ficaremos no aguardo!
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